Depois ficar três meses sem efetuar pagamento aos médicos e fornecedores por conta de desequilíbrio em suas finanças e de passar por uma crise pós-recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de extinção do MT Saúde, o plano dos servidores deve sofrer mais uma baixa, desta vez a do presidente Bruno Freira Sá Martins, que protocolou na noite desta segunda-feira (17) seu pedido de demissão, sob alegação de motivos pessoais.

Na manhã desta terça-feira (18), durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa, que teve como intuito debater os problemas administrativos pelos quais a autarquia passa, a ausência de Bruno foi sentida e comentada pelo parlamentares estaduais. De acordo com deputado Aray Fonseca (PSD), a saída do presidente gerou ainda mais instabilidade nos usuários.

“O governo do estado tem de ter pulso firme e vir a público para tranqüilizar os servidores com relação à manutenção dos repasses a autarquia até que ela consiga aperfeiçoar e equilibrar sua gestão e sobre a não extinção do plano”, disse o parlamentar.

Durante a audiência pública desta manhã, uma empresa de Mato Grosso do Sul foi convidada a expor o modelo de gestão do plano de saúde dos servidores, implementado naquele estado, e que tem dado certo.

O MT Saúde vem enfrentado uma série de atropelos, primeiro com a recomendação do TCE para pagamento de despesas médicas de servidores e dependentes. Neste ano de 2011, do total de R$ 96 milhões de receita, R$ 32 milhões são provenientes da conta única e o restante da contribuição dos servidores públicos.

Este fato desencadeou uma série de problemas que desaguou na suspensão dos atendimentos dos titulares e descendentes por falta de pagamento, o que reascendeu a crise na instituição.