Com discurso de que é preciso ampliar espaço para a classe feminina, a ex-vereadora por Cuiabá Enelinda Scala (PT) decidiu protocolar documento na Executiva Regional do partido reivindicando a primeira suplência do Senado no lugar do professor João Bosco Alves, cujo nome foi anunciado nesta quinta-feira (1º) pelo candidato ao Senado, deputado federal Carlos Abicalil, presidente regional da legenda.

Enelinda conta que, até o próximo dia 5, último dia para o registro de candidatura, vai manter diálogo com Abicalil, juntamente com a corrente Utopia e Vida, a qual integra, para tentar alterar o quadro estabelecido. O argumento será de que, como o PT terá uma mulher na disputa pela Presidência da República, nesse caso, a Dilma Roussef, seria importante, segundo ela, ter uma mulher como primeira-suplente.

Inconformada com a decisão de Serys de abandonar a vida pública após ter sido impedida de concorrer a reeleição, Enelinda, que é vice-presidente da Executiva Estadual do partido, disse que o desejo do grupo era de que Serys estivesse na chapa à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) como vice e lamenta a recusa dela. “Ainda sonhamos com isso”.

Líder comunitária, a petista está entre os militantes mais antigos do PT de Mato Grosso, porém, não obteve muito êxito nas disputas a cargos eletivos. Até hoje, só ocupou vaga na Câmara de Vereadores de Cuiabá após a saída do então vereador Valtenir Pereira (PSB) para a Câmara Federal, em 2006. Na eleição seguinte, em 2008, tentou a reeleição, mas perdeu. O único que conseguiu se eleger pelo PT à vaga foi o vereador Lúdio Cabral, que hoje concorre cadeira na Assembleia Legislativa.