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Quarta-feira, 02 de outubro de 2024

Notícias | Agronegócios

Produção estadual expande

A produção de biodiesel em Mato Grosso registra expansão a cada ano. Somente em 2010, as indústrias estaduais injetaram no mercado 568 milhões de litros do produto. O volume é 54,8% maior que o registrado no ano anterior, que contabilizou 367 milhões de litros. Em 2007, quando a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fez o primeiro levantamento da produção no Estado, foram apenas 15,170 milhões de litros. Em 2008, a quantidade subiu para 284,923 milhões (l).


A evolução na produção mostra que o Estado tem potencial de crescimento com destaque entre as demais unidades da federação. Segundo o superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo, aproximadamente um quarto da produção de óleo de soja em Mato Grosso é transformado em biodiesel. Na avaliação dele, o Estado tem potencial para expandir a participação, já que é o maior produtor de soja do país, somando 19,849 milhões de toneladas na safra 2010/2011, uma vez que a oleaginosa é a principal matéria-prima para o biodiesel atualmente.

Levantamento da ANP mostra que há em Mato Grosso 22 indústrias em operação. Essas unidades têm capacidade para produzir 3,830 milhões (l) por dia, o que equivale a 23% do potencial nacional, de 16,414 milhões de litros/dia. No país são 67 empresas. Ainda em Mato Grosso, 4 estão com cronograma de investimento, sendo que 3 planejam ampliação da unidade e outra será implantada em Barra dos Garças.

Entras as unidades em expansão, destaca-se a Bio Oléo Indústria e Comércio de Biocombustível, "com intenção de expandir a produção de 10 mil litros por dia para 150 mil litros/dia", afirma o proprietário Rodrigo Prosdócimo Guerra.

Milho - A produção do biocombustível a partir de milho não é viável para Mato Grosso. O que deveria agregar valor ao grão, acabou se tornando um investimento pouco rentável. Pelo menos é o que constatou estudo feito pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Segundo o presidente da entidade, Glauber Silveira, a rentabilidade do produto não compensaria o valor gasto para a construção de uma usina própria para produção de biocombustivel de milho.

Uma alternativa, conforme ele, seria o aproveitamento das industrias que já produzem o etanol. "Ou ainda se os governos subsidiassem a produção do combustível".

Leilão - Termina hoje (18), o 21º leilão de biodiesel da ANP que deve comercializar 660 milhões de (l) de biodiesel para atender a mistura obrigatória de 5% de biodiesel no diesel (B5).
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