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Quarta-feira, 02 de outubro de 2024

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Confrontos deixam cinco mortos no Iêmen

Forças iemenitas de segurança entraram em confronto na sexta-feira contra manifestantes que foram às ruas de várias cidades exigir a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder. Pelo menos cinco pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas.


Quatro mortes por arma de fogo foram registradas nos hospitais de Áden, no sul, onde há forte ressentimento contra o regime de Sanaa. Em Taiz, segunda maior cidade do país, uma granada atirada de um carro matou uma pessoa na multidão.

Houve pelo menos 11 feridos em Áden, onde milhares de manifestantes passaram horas nas ruas. Um grupo incendiou um prédio público, segundo testemunhas. 'Ali, ouça, Ali, o povo quer você fora', gritavam eles.

Em Taiz, 200 quilômetros ao sul da capital, a manifestação também reuniu dezenas de milhares. Houve 28 feridos, sendo 3 em estado crítico, por causa da granada que causou uma morte.

Uma fonte do Ministério do Interior disse que um suspeito foi detido, mas manifestantes disseram que o ataque foi realizado pelo governo.

'É vergonhoso que o governo recorra a essas táticas, porque não vai nos assustar', disse um manifestante.

Dezenas de milhares de apoiadores de Taleh também foram às ruas em Taiz. A TV estatal disse que havia 1 milhão de governistas.

'Sim à unidade e à estabilidade, não ao caos e à sabotagem', gritavam os partidários do presidente, ecoando uma declaração feita por ele dias atrás, ao apontar uma 'agenda estrangeira' para criar o caos no mundo árabe.

Em Sanaa, mais de 5.000 manifestantes antigoverno 'abraçaram' a sucursal da TV Al Jazeera, em apoio ao canal que tem dado grande cobertura para as rebeliões árabes.

'Depois do (egípcio Hosni) Mubarak você é o próximo', gritavam os manifestantes, levando cartazes que diziam: 'Saia, saia, pelo bem do nosso futuro.'

Também em Sanaa havia centenas de partidários do governo gritando 'não ao caos e à sabotagem.' Alguns deles usaram paus, adagas e pedras para atacar os oposicionistas. Houve dezenas de feridos de ambos os lados.

Muitos ativistas e jornalistas disseram que a polícia se omitiu ao ver agressões cometidas por partidários do governo.

Saleh é um importante aliado dos EUA no combate à insurgência da Al Qaeda, e ele enfrenta também uma revolta separatista no sul e uma rebelião xiita no norte do país, um dos mais pobres do mundo árabe.

Nos últimos dias, ele fez algumas concessões, como prometer que deixará o cargo em 2013 e que não irá transferir o poder ao seu filho.
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