O Hospital Municipal Pronto-Socorro de Cuiabá poderá ser estadualizado e a proposta será apresentada pelo prefeito da capital, Chico Galindo (PTB), ao governador Silval Barbosa (PMDB). A ideia surgiu após uma reunião do Conselho Municipal de Saúde com o petebista na noite de segunda-feira (16), na qual constatou que 55% dos pacientes da unidade são do interior de Mato Grosso.
O caos no pronto-socorro de Cuiabá já vitimou pacientes e até impediu que cirurgias fossem realizadas devido à falta de equipamentos e medicamentos. As denúncias de descaso são constantes e já foram constatadas por diversas autoridades como o Ministério Público Estadual (MPE) e até a Defensoria Geral do Estado, que ameaça levar os fatos ao conhecimento da Corte Internacional de Direitos Humanos.
Muitas ações já foram proposta pelo MPE, mas até o momento não há o que se fazer diante da crise na Saúde em todo estado de Mato Grosso. No interior, faltam profissionais e também estrutura para atender a demanda, o que acaba superlotando o pronto-socorro da capital.
A reunião entre Galindo e Silval deverá ainda contar com a participação do secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP), e deputado estaduais. Também estarão presentes representante do Ministério Público do Estado (MPE) e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional de Mato Grosso (OAB-MT), Cláudio Stábile.
Eles irão discutir o assunto e analisar a possibilidade do Estado assumir a responsabilidade do pronto-socorro. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) também deverá ser ouvida sobre o assunto, até para orientar como realizar a transição.
Stábile informou que a OAB recebe muitas demandas, mas questões pontuais, o que não resolverá o problema da saúde, por isso, ele quer conhecer a proposta para encontrar uma solução para a crise no setor.
Existe uma expectativa também que a após o funcionamento do Hospital Metropolitano a demanda no pronto-socorro reduza.
Na manhã desta terça-feira (17) o prefeito e o governador se ‘cruzaram’ durante o lançamento do novo parque gráfico da Gráfica Print e, segundo Galindo, trata-se de uma proposta de co-gestão do Pronto-Socorro de Cuiabá. “Como o Governo do Estado não tem hospital sugerimos a proposta de co-gestão. Fico feliz com o governador por ser sensível a esse problema”, afirmou.
Atualizada às 09h55 / Atualiza às 10h28
