Sem receber repasses do MT Saúde, plano de saúde dos servidores estaduais, há quase três meses, médicos e hospitais de Cuiabá já se recusam a atender os pacientes.

A denúncia é do deputado estadual Aray Fonseca, segundo o qual servidores estaduais e representantes dos sindicatos estão com medo de essa crise ser o início da extinção do MT Saúde. E a preocupação dos profissionas é pertinente, já que o Tribunal de Contas considerou como ilegal os repasses estaduais para custear parte do plano e sugeriu ao Estado a extinção do mesmo.

“Eles me procuraram e eu levei a demanda ao governador Silval Barbosa (PMDB), que me garantiu que não irá haver a extinção e que o Estado agora estuda um meio de adequar a vigência do plano para que não haja conflito com o TCE. Com relação ao não pagamento aos hospitais e médicos conveniados, ainda não se sabe de quem é a culpa. Mas já estou procurando me informar para dar uma posição para os servidores”, esclareceu.

O deputado afirma que caso o plano deixe de existir, gerará uma sobrecarga no já caótico sistema único de saúde, de aproximadamente 30%. “Os gastos do MT Saúde são de R$ 95 milhões, sendo que somente R$ 32 milhões são subsidiados pelo Estado, o restante é recolhido dos servidores. Se o estado deixar de pagar a parte subsidiada, muitos não terão condições de pagar o plano ”, afirma.