Olhar Direto

Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Caso Leopoldino

Julgamento de Josino é marcado por denúncias contra desembargadores; siga

Começou com duas horas de atraso, no Tribunal Regional Federal, o julgamento de Josino Pereira Guimarães, acusado de ter mandado matar o juiz Leopoldino Marques do Amaral em 1999.

Foto: Reprodução

Julgamento de Josino é marcado por denúncias contra desembargadores; siga
Começou com duas horas de atraso, na Justiça Federal, o julgamento do lobista e empresário Josino Pereira Guimarães, acusado de ser um dos mandantes do assassinto do juiz Leopoldino Marques do Amaral em 1999. Neste momento, por volta das 20h35, a defesa está inquirindo a ex-escrevente do Fórum de Cuiabá, Beatriz Árias, que se disse amante do magistrado. O julgamento também foi marcado por graves denúncias contra desembargadores.


Marcado para começar às 9 horas, o julgamento só teve início agora há pouco com o pedido de um dos advogados de defesa do acusado, João Cunha Nunes Neto, para a suspensão do júri sob a alegação de que pairam dúvidas quanto à parcialidade dos jurados.

Na tentativa de desqualificar os jurados, o advogado argumentou que a mídia dera ampla divulgação ao crime e ao julgamento, sempre colocando o seu cliente como se já tivesse sido condenado. Além disso, ele ainda tentou desqualificar um dos nomes, sob alegação de que se tratava de um jurado que mantinha um contrato de locação com o poder público.

Cunha também criticou a incompetência da Justiça Federal para julgar o caso, pediu a desqualificação dos depoimentos de testemunhas por videoconferência, e ainda pediu que o caderno com um resumo da acusação formulada pelo MPF para os jurados fosse suspenso pelo fato de conter uma reportagem sobre o “caso Elisa Samudio”, em que a defesa tenta inocentar o goleiro Bruno sob a alegação de que ‘se não há corpo, não há crime’.

O MPF tentou fazer uma analogia entre a situação do goleiro Bruno (acusado principal de mandar matar Elisa Samudio) com o caso do Juiz Leopolidino, em que um dos acusados é Josino Guimarães, por causa da tentativa de se fazer uma nova exumação dos restos mortais do juiz, com a intenção de provar que o corpo encontrado no Paraguai e  sepultado em Poconé não era do magistrado - tudo isso com a intenção de desqualificar o crime de assassinato.

Mas o pedido de impugnação foi firmemente combatido pelo procurador Douglas Santos Araújo, da Procuradoria da República. durante o seu pronunciamento, que foi interrompido várias vezes pelos advogados de defesa, o que tornou a discussão  acalorada.

“Eu entendo que o pedido de impugnação não merece acolhimento, porque o réu deixou para alegar este impacto causado pela imprensa aos 46 minutos do segundo tempo’, sendo que o homicídio acorreu há mais de 10 anos com ampla cobertura da imprensa, que ao meu ver é bastante salutar. Aliás, foi com base nisso que o MPF pediu que esse júri fosse aberto ao público. Um caso como esse não pode ser julgado às escuras, de forma sigilosa, escondido”, defendeu o procurador.

O juiz federal Rafael Vasconcelos Porto indeferiu praticamente todos os pedidos da defesa de Josino, a não ser pelo material referente ao Caso Elisa Samúdio, que mandou retirar do caderno do MPF entregue aos jurados. Em seguida, ele realizou o sorteio dos jurados e declarou aberto o julgamento.


Acompanhe:

20h56 -
Sessão é encerrada e será retomanda nesta quarta-feira, às 9 horas.

20h50 –
Defesa de Josino questiona Beatriz Árias e pede que ela prove suas declarações sobre venda de sentença no judiciário intermediadas pelo empresário. Depoimento dela é encerrado.


19h45
- Beatriz revela que possui documentos entregues a ela por Leopoldino que comprometem diversos desembargadores da Justiça Estadual, e que é isso que a mantém viva até hoje, já que eles sabem que se ela morrer essas informações virão à tona.

19h36 –
Em relato, Beatriz afirma que Josino era conhecido nos corredores do Tribunal de Justiça como corretor, vendedor e comprador de sentenças.

19h25 –
Árias confirma que o irmão dela, Joamildo, recebeu uma ligação de dentro do presídio Pascol Ramos, que teria sido feita a mando de Josino, oferecendo dinheiro para que ela se calasse e não o citasse em depoimento.

18h50 –
Beatriz relata que foi induzida pelo delegado de Polícia Federal à época, José Pinto de Luna, a dizer que o dinheiro depositado em sua conta por Leopoldino – R$ 30,5 mil -, seria para que ela o levasse ao Paraguai, mesmo afirmando que o motante era pros estudos da filha dela.

18h20 –
Em depoimento, Beatriz relata que nunca foi escrevente do juiz Leopoldino e que o conheceu entregando documentos da central de mandados a ele. Neste momento, ela explica como sua relação com o magistrado morto começou. Ela declarou que namorou o juiz e que chegou a ficar noiva dele quando ele se separou da esposa Silvia e mesmo não sendo pai da filha dela, Leopoldino pagava pensão à menina.

17h53 –
Encerrada a explanação do juiz aposentado José Geraldo Palmeira e agora é a vez de Beatriz Árias prestar depoimento como testemunha de acusação. Ela começa o depoimento dela neste momento.

17h 45 –
Geraldo revela em depoimento que o atual secretário de estado de Justiça e Direitos Humanos, desembargador aposentado Paulo Lessa, os desembargadores Odiles de Freitas e Munir Feguri, são alguns dos magistrados que participaram da reunião na casa de Josino em Chapada dos Guimarães para encomendar a morte de Leopoldino. A defesa pede que Odiles e Lessa sejam convocadas a depor.


17h36 –
Geraldo relata que foi procurado duas semanas antes do assassinato e avisado por um advogado que os desembargadores estariam ‘descontentes’ com ele, por acreditarem que teria sido o fornecedor das informações de venda de sentença no Judiciário de MT para Leopoldino. Posteriormente, ele também foi informado pelo sargento PM Jesus, de uma certa negociata feita com a presença de vários desembargadores na casa de Josino em Chapada dos Guimarães, com militares, e onde foi oferecido a Jesus a quantia de R$ 100 mil para que matasse Leopoldino.


17h 25 –
Recomeça o julgamento. Deste vez o ouvido é o juiz aposentado José Geraldo Palmeira, arrolado como testemunha de acusação. O depoimento dele foi feito por videoconferência, e está sendo exibido ao júri.  Em seu depoimento, Palmeira relata sobre um email que enviara ao advogado Zaid Arbid, em que diz se algo acontecesse com ele seria a mando do desembargador Odiles de Freitas, por achar que era ele quem havia fornecido informações ao juiz Leopoldino sobre a venda de sentenças no âmbito do Tribunal de justiça de MT.

17h11 –
Pouco antes de o julgamento ser retomado, o procurador da República Douglas Santos Araújo disse em entrevista quue julga como falta de educação as inúmeras interrupções e indagações feitas pelo advogado João Nunes, nos momentos em que ele interrogava as testemunhas. Ele revela que até agora nenhum fato novo ao que já consta da investigação foi revelado, a não ser pelo depoimento de Joamildo (irmão de Beatriz Árias), que afirmou ter sido procurado recentemente pela esposa de João Leite a mando de Josino. Há pouco mais de dois meses um novo inquérito foi aberto na Policia Federal por solicitação do MPF para investigar quem são pessoas – magistrados – por trás de Josino. Acredita-se que Josino seja apenas um intermediário e que tenha mandado matar o magistrado a pedido de outra pessoa, talvez um dos juízes que ele denunciou por venda de sentença na época do crime.

16h50 -
Depoimento do policial Alexandre Bustamante é encerrado e intervalo de 10 minutos é dado. À imprensa, Alexandre diz que nao se sentiu intimidado com os questionamentos da defesa, e que os advogados estão fazendo o papel deles ao tentar desqualificar as testemunhas de acusação.

16h16 –
Bustamante acaba de ser questionado pela defesa de Josino se ele conhecia o fato de o sargento Jesus ser proprietário de várias máquinas caça-níqueis e na época já ser investigado pelo Gaeco pela autoria de vários homicídios. A defesa o questionou também se em troca da informação que ia fornecer à Polícia Federal, o sargento Jesus requereu informações sobre a investigação da PF e se o seu nome estava envolvido. Para justificar seu encontro com Jesus, Bustamante relatou que na ‘sua profissão, assim como um padre o faz, ele tem que ouvir todos os pecados, de todos os lados’ e que não se furtaria de ouvir o que Jesus tinha a revelar.


15h45 –
Alexandre Bustamente, em depoimento, contou que quando era agente da Polícia Federal e chefe do Núcleo de Inteligência, foi procurado por um famoso ‘pistoleiro’ da época chamado sargento Jesus que relatou a ele que havia sido procurado por Josino, no município de Chapada dos Guimarães, para que desse um ‘cala boca’ no juiz Leopoldino sob a alegação de que ele o estaria ‘incomodando’. Bustamante revela que o pistoleiro teria dito que não aceitara matar o magistrado. À época, o pistoleiro atuava como cobrador de João Arcanjo Ribeiro e, por conhecer os meandros do crime organizado em Mato Grosso, muitas vezes atuava como informante da PF.


15h27 -
A defesa acaba de desmentir a afirmativa de Joamildo, dizendo que Josino nunca esteve preso junto com João Leite, já que no momento em que veio para a capital ficou preso no presídio Pascoal Ramos, e não na Polinter, como citou o informante. Neste momento, começa a ser ouvido  Alexandre Bustamente, policial federal e atualmente secretário adjunto de Segurança Pública.

15h –
O irmão de Beatriz acaba de revelar que, recentemente, voltou a ser procurado por uma mulher, que se identificou como esposa do agente da Polícia Civil João Leite, preso por participar da tentativa de fraudar o inquérito arquitetado pelo delegado Márcio Pieroni, para tentar incitar dúvidas sobe a morte do magistrado. Segundo Joamildo, ela dizia que Josino estava preso junto com Leite e que, a pedido do empresário, oferecia R$ 1 milhão pelo silêncio dele.


14h55 –
Joamildo relata que em 99 foi procurado pelo delegado de Policia Civil, João Bosco, a pedido do então advogado de Josino, Zoroastro Teixeira, que teria oferecido R$ 500 mil para que ele convencesse a irmã Beatriz Árias (que estava presa), a não citar o nome do empresário em seus depoimentos. Ao procurar a irmã com essa proposta, foi orientado a não pegar o dinheiro, pois estava sendo monitorado pela Polícia federal. À época, ele recebeu do João Bosco R$ 6 mil a mando de Zoroastro e mais um celular, só para ‘pensar’ na proposta.

14h37  -
Encerrado o depoimento de Caramuru e iniciado o de Joamildo Barbosa, irmão de Beatriz Árias, que possui diversas passagens pela policia por diversos crimes. Ele foi desqualificado pela defesa como testemunha por ser irmão de Beatriz, mas prestará depoimento da mesma forma como 'informante'. Neste quesito, ele fica liberado de dizer a verdade perante o juiz.

14h30 –
Caramuru contou que o caso voltou à tona este ano no IML, depois de ser procurado pelo delegado Márcio Pieroni, que pediu ao legista que fosse até a Delegacia de Homicídios. Segundo o médico, assim que chegou à delegacia, Pieroni apresentou-lhe os laudos de médicos particulares realizados na arcada dentária de Leopoldino, que apontavam que a arcada examinada não batia com a do juiz, levantando a hipótese de que o corpo que estava no cemitério de Poconé não era o do magistrado. O médico relata também todo o imbróglio causado pelo delegado ao tentar envolver o IML na tentativa de abertura do inquérito, incitando dúvidas a respeito da morte do juiz.

14h18 –
O médico legista e diretor do IML, Jorge Caramuru, é o primeiro a prestar depoimento. No momento, ele faz um retrospecto das exumações realizadas nos restos mortais e arcada dentaria do juiz Leopoldino. Ele acaba de afirmar que pelos resultados de todos os exames já realizados, o magistrado é pericialmente considerado morto.


14h- Foi retomado agora o julgamento do acusado de mandar matar, há 12 anos, o juiz Leopoldino Marques do Amaral, empresário e lobista Josino Guimarães. Neste momento, começam a ser ouvidas as testemunhas da acusação. São elas Joamildo Barbosa – irmão da ex-escrevente e já condenada pela autoria do crime, Beatriz Árias -, a própria ex-escrevente, o agente da polícia federal e secretário-adjunto de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, e o médico legista Jorge Caramuru, primeiro a depor. Na sequência irá depor como testemunha do juízo o delegado Cesar Martinez – atual superintendente da Polícia Federal em MT. Ele assumiu o inquérito na época do assassinato, no lugar do delegado José Pinto de Luna, afastado do caso depois de declarações suspeitas. Depois dele será a vez a testemunha da defesa que é o superintendente da PF na época, Cláudio Rosa. Em seguida, serão apresentados os depoimentos por vídeo conferencia do juiz aposentado José Geraldo Palmeira, pela acusação, e do delegado José Pinto de Luna (Defesa), e de Daniel Balto (Defesa).


12h – Depois de sorteados os jurados, a defesa de Josino Guimarães recusou três dos sorteados, todas mulheres e jovens. A acusação recusou apenas um. O júri popular agora está nas mãos de 4 homens e três mulheres. O material da acusação já está nas mãos dos jurados e um intervalo de 1h45 foi dado para almoço. O retorno está marcado para 13h45.


Primeira correção às 20h44/Segunda correção às 21h46

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet