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Sábado, 27 de abril de 2024

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caso leopoldino

Advogado nega ter ofertado dinheiro para Árias mudar seu depoimento

O advogado Zoroastro Teixeira, que teve seu nome citado no depoimento de Joamildo Barbosa, irmão de Beatriz Árias, durante o julgamento do lobista e empresário Josino Guimarães, rebateu com veemência a acusação de que teria oferecido R$ 500 mil para que o irmão da escrevente a convencesse a não citar o nome do réu em seu depoimento.


Zoroastro Teixeira contou que o delegado João Bosco Ribeiro Barros teria utilizado seu nome para se aproximar de Joamildo, que era investigado em outro inquérito. Zoroastro foi advogado de defesa de Josino apenas nos primeiros meses da investigação, quando o caso ainda estava apenas na fase de inquérito.

O empresário está sendo julgado pela Justiça Federal acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, morto em setembro de 1999. Beatriz era escrevente e amante do magistrado, já foi condenada como cúmplice do crime, cumpriu parte da pena em regime fechado e hoje está em liberdade provisória.

O irmão de Beatriz foi ouvido pelo juiz Rafael Vasconcelos Porto nessa terça-feira (29) e reafirmou que no ano da morte de Leopoldino foi procurado pelo delegado de Polícia Civil, João Bosco, a pedido do então advogado do réu, Zoroastro Teixeira, com uma proposta.

Segundo Joamildo, o advogado teria oferecido R$ 500 mil para que ele convencesse a irmã a não citar o nome do empresário em seus depoimentos. Diante do relato do irmão da escrevente, o advogado Zoroastro Teixeira declarou que irá acionar o Estado, pois na época tais denúncias de Joamildo ‘caíram por terra’ depois de um depoimento do delegado Bosco à Justiça Federal.

No depoimento o delegado afirma nunca ter procurado Beatriz para informar-lhe que o advogado, em nome de Josino, estaria disposto a pagar pelo seu silêncio. “Que durante todo esse tempo se utilizou do nome do advogado Zoroastro, como se ele estivesse disposto a participar das negociações com a acusada Beatriz”, conforme trecho do relato de Bosco, que passou a responder administrativamente na Polícia Civil sobre o caso.

“Um agente público declara judicialmente isso e ele chegou a ser acareado”, ressaltou o advogado, em entrevista ao Olhar Direto. Zoroastro pontua que as acusações envolvendo seu nome são antigas e que, após o depoimento de Bosco, sua inocência acabou sendo provada. Ele adiantou que deve acionar o Estado diante dos danos que tem sofrido.

Zoroastro informou que atuou como advogado de defesa de Josino até abril de 2000, quando, após uma decisão de consenso, transferiu o caso para outro colega. Ele disse ainda que  defendeu o empresário em outros processos, antes de Josino ser acusado de ter sido o mandante da morte do magistrado.

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