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Sábado, 27 de abril de 2024

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Caso Leopoldino

Mesmo contra regra, advogado de Josino deixa sala secreta e anuncia que ele foi absolvido antes de juiz (acompanhe)

Foto: Reprodução

Mesmo contra regra, advogado de Josino deixa sala secreta e anuncia que ele foi absolvido antes de juiz (acompanhe)
O terceiro dia de julgamento do empresário e lobista Josino Guimarães, acusado de ter sido o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto há 12 anos em Concepción (Paraguai), começa com a revelação do relacionamento nada salutar que mantinha com os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).


A data de hoje é considerada muito importante pelo júri popular, por causa do interrogatório do réu e das explanações da acusação e da defesa. Antes da sessão ter início, o advogado João Nunes Cunha disse que Josino iria manter a mesma linha dos depoimentos que já prestou sobre o caso, negando que tenha tido qualquer participação no crime.

Antes do interrogatório o advogado informou aos membros do Júri que seu cliente desenvolveu a síndrome do pânico no presídio, que por causa desse mal passou a fazer uso de medicamento controlado, e que é por isso que pedia à procuradoria que se ativesse  ao tema do julgamento.

Acompanhe:

21h32 - Mesmo sob orientação de juiz de que é expressamente proibida qualquer manifestação antes dele pronunciar a sentença, o advogado João Nunes Cunha saiu da reunião com os jurados anunciando para Josino Guimarães e para a famílias dele que havia sido absolvido. A família aplaudiu e gerou revolta na família do magistrado assassinado.

20h05 -
Surpreendentemente acusação abriu mão da réplica e com isso a defesa perde direito à tréplica. A estratégia do Ministério Público Federal desagradou os advogados de defesa que esperam por mais tempo de explanação junto aos jurados. O juiz com isso se reúne com o corpo técnico e em seguida se reúne com os jurados para proferir a sentença.


19h54 -
Baseado no princípio jurídico ‘in dubio pro reo’ - modalidade segundo a qual, no processo criminal, quando houver dúvida a respeito da autoria ou materialidade da infração penal, o juiz deverá absolver o réu, o advogado Waldir Caldas faz a segunda parte da defesa de Josino tentando convencer os jurados da falta de provas no caso e na consistência das acusações proferidas por sargento Jesus e Beatriz Árias. Conforme previsto o advogado encerra sua participação falando da lacuna existente e a faltas de provas que liguem Josino aos executores do crime Marcos Peralta e Beatriz Árias.


19h30 -
Nunes: “Todo esse processo foi construído em cima de uma mentira. É como o cachorro que fica correndo atrás do rabo e não chega a lugar algum. Em 11 anos nunca se conseguiu provar ligação alguma entre a condenada Beatriz e o réu. Precisamos acabar com isso. Essa acusação infundada e injusta tirada da boca de um bandido, que se arrasta por tanto tempo. Peço que vocês – jurados- acabem com essa injustiça. Quem tem dúvidas não pode condenar ninguém. Peço que os senhores pensem se tudo aqui apresentado, saído da boca de dois bandidos, é suficiente para condenar uma pessoa”.


19h13 -
Segundo o advogado, Beatriz tenta tirar proveito de toda essa história, vantagens como dinheiro e influência já que é ‘desprovida de beleza’ –feia- e mal cuidada. Nunes a compara a um cachorro que fica correndo em círculos atrás do próprio rabo sem conseguir morder.  "Tudo que essa gente quer é de alguma forma conseguir tirar um dinheirinho de alguém".

19h00 -
Advogado coloca sob suspeita as relações de ‘fonte’ entre policia federal e o pistoleiro sargento Jesus. Ele cita o grande erro cometido nesse processo que foi dar créditos às palavras e acusações de dois bandidos: Beatriz Árias e Sargento Jesus. Nunes tenta desfazer imagem de corrupção e condutas questionáveis ligadas ao delegado Luna e ao agente da Polícia Federal Daniel Balde, ambos afastados do inquérito. Ele desmerece também as acusações expostas pelo juiz Geraldo Palmeira, acusando o magistrado de ser corrupto.


18h40 -
“A exemplo da luz do sol, a verdade sempre aparece. E neste processo tem aparecido a cada instante”. Foi desta maneira que o jurista João Nunes Cunha começou a defesa de Josino Guimarães. Nunes afirma aos jurados da seriedade do delegado Luna (afastado do caso por suposta parcialidade no inquérito) e  explana que acredita no que foi apurado por ele à época, ou seja, que o crime não teve mandante e foi motivado por dinheiro.


18h12 -
Acusação conclui sua participação falando aos jurados sobre a certeza que o Ministério Público Federal tem da participação de Josino no crime e pede que os jurados o condenem com as qualificadoras de assassinato por motivo fútil e torpe, mediante a pagamento. Uma pausa de cinco minutos e a defesa começa sua explanação.

18h05 -
Procurador Douglas indaga que se Josino é tão inocente assim como ele diz no crime do juiz, porque querer tanto fazer crer que o magistrado está vivo por meio de inquérito fraudulento instaurado por Márcio Pieroni para favorecer o réu.


17h52 -
A procuradora chefe do Ministério Público Federal Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani , é quem contextualiza a relação de amizade entre Josino e o ex-delegado da Polícia Federal Claudio Rosa, e fala do ‘peito’ que o acusado teve para mandar matar Leopoldino por acreditar que o caso seria julgado pela Justiça Estadual, porém pelo corpo ter sido encontrado fora do país, passou para competência da Justiça Federal. À época do assassinato a carta denúncia de Leopoldino acusava Josino de atuar como corretor de sentença de 9 desembargadores o TM-MT.

17h37 -
Acusação explica aos jurados que os crimes de mando geralmente são comprovados pelos indícios já que quando uma pessoa contrata alguém para matar outra, não pega recibo do pagamento, dai a dificuldade na obtenção de provas materiais.


17h08 -
Procurador cita trechos da CPI do Narcotráfico, onde os maiores traficantes do pais foram citados e em conversas grampeadas traficantes comentam de encontro com Fernandinho Beira Mar na casa do réu em Chapada dos Guimarães.


16h57 -
“Me diga com quem andas, que eu te direi quem és”. Com esse jargão a acusação contextualizar as amizades de Josino e na companhia de quem ele andava. Valdir Piran, João Arcanjo - José Osmar Borges (grande fraudador no caso Sudam), sargento Jesus, Willian Sossa (traficante), Jorge Meres (especialista em cargas roubadas) e Fernandinho Beira Mar.


16h50 -
Na acusação o procurador Douglas fala sobre a conduta de Josino e cita como exemplo a bomba que ele jogou no estádio Verdão, num dia de jogo em que o local estava lotado, inclusive com crianças. Citou também uma condenação em que o réu foi pego com maconha. “Todas as vezes que aconteceu algo no processo, ele sempre se safou pelo pai que o proporcionou vida fácil”, diz procurador.


16h40 –
Procurador começa sua explanação apresentando matéria veiculada na TV Centro América sobre o assassinato do juiz e uma entrevista em que Josino fala sobre caso e diz que Leopoldino está vivo.

16h30 –
Depois de mais de uma hora e meia de reunião para deliberar sobre regras do debate entre acusação e defesa, juiz reabre julgamento. Procuradores são os primeiros fazer explanação e com ela tentar convencer os jurados sobre porque Josino deve ser condenado como mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral.

14h43 –
Interrogatório chega ao fim. Jurados não fazem pergunta ao réu e o juiz se reúne com defesa e acusação para definir regras do debate.

14h40 – 
Demostrando dificuldade para conter a emoção, Josino contou que durante sua última prisão na penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, que durou cinco dias, aconteceu uma rebelião e os rebelados mataram a facadas o preso ao seu lado, cortaram-lhe a mão e a jogaram na cela dele. O réu chora bastante ao relatar que naquele dia sofreu ameaças por parte dos reeducandos, que disseram-lhe que a próxima vítima seria ele.

14h31 –
O interrogratório de Josino recomeça. Qume o interroga agora são os próprios advogados de defesa. O réu conta que no dia em se encontrou com o sargento Jesus, em Chapada dos Guimarães, o empresário Sávio Brandão (assassinado em frente ao Jornal Folha do Estado) estava com ele na casa. Emocionado Josino chora ao lembrar o dia em que o pai dele foi visitá-lo na cadeia e acabou desmaiando ao vê-lo preso.


12h40 – O i
nterrogatório é interrompido para almoço e será retomado às 14 horas.

12h26 –
O réu nega qualquer ligação com bandidos e traficantes como Willian Sossa, Arizoli Trindade Sobrinho. Procuradores pedem que o juiz interfira junto aos advogados de defesa para que não atrapalhem mais a linha de raciocínio deles quando estiverem questionando Josino.


12h20 -  Josino insinua que Beatriz Árias teria sido induzida pelo ex-procurador Pedro Taques a citar seu nome como mandante do crime.

12h15 – Contrariando sua defesa, Josino continua a falar sobre sua relação com Pieroni e afirma que a condenação pelo suposto inquérito fraudulento arquitetado por ele e Pieroni foi arbitrária. “Estou sendo massacrado por vocês. Nunca pedi nada a Pieroni, não tenho nada com ele”, declarou.

12h07 -
Procurador pergunta se Josino conhece o delegado Márcio Pieroni. O réu responde que sim, mas ressalta que não possui nenhuma relação com ele a não ser pela amizade entre suas esposas. A defesa de Josino protesta, interrompe o réu e pede que ele não responda mais nada sobre Pieroni, já que se referea outro processo e não ao processo ora em julgamento.

12h01 - 
A procuradoria pergunta a Josino sobre sua relação com o delegado da polícia civil, João Bosco. O réu diz que não possui nenhuma relação com ele a não ser pelo fato de que Bosco tentara extorqui-lo. À época o réu denunciou a tentativa ao então procurador Pedro Taques, mesmo sabendo que Bosco possui grau de parentesco com o ex-procurador.

11h35 –
O réu chora ao relatar vida na cadeia. “Esse não é o meu mundo. Ser algemado, colocado num camburão com sirene ligada, ser filmado, exposto pela imprensa como assassino”. Neste momento o juiz interrompe depoimento por cinco minutos para que Josino se recomponha. A família de juiz Leopoldino se revolta e diz que o acusado está fazendo show, jogo de cena. Segundo Leopoldo Gatass, filho do juiz, estão querendo colocar Josino como um doente. Indignado, Leopoldo diz que não voltará ao júri para assistir o restante do julgamento.

11h31 –
Josino: “O senhor não sabe oque é uma cadeia procurador – Douglas Araújo -. O senhor não sabe o que é esse lugar em que me colocou. Sou inocente e fui atrás do ex-procurador Pedro Taques diversas vezes para que ele me ouvisse. Eu sempre me apresentei quando a justiça requisitou. Quem deve alguma coisa não vai atrás da justiça. Eu desenvolvi a síndrome de pânico. Tomo remédio para dormir, para ver se não vejo [mais] os dias naquele lugar”.

11h18 –
Réu disse que o ex-delegado da PF, Claudio Rosa, foi a um pesqueiro dele, no pantanal. Ele conta aos procuradores que mantém um bom relacionamento com várias pessoas, incluindo o ex-procurador federal e senador Pedro Taques. “Sempre que encontro ele – Pedro Taques – ele vem me cumprimentar. Nunca fui até ele"


11h00 –
Mais uma vez Josino nega aos procuradores qualquer relação com o sargento Jesus. Porém confirma que esteve na casa do pistoleiro no aniversário da esposa dele, segundo revela, a pedido do deputado federal Júlio Campos, para levar para Jesus os adesivos da campanha de júlio ao Senado.

10h40 –
Josino desmente que sua casa, em Chapada dos Guimarães, tenha servido de palco de festas suntuosas e negócios escusos. Ele afirma que uma festa realizada no local foi só um almoço oferecido a top model Luiza Brunet e outras modelos trazidas a Cuiabá por um colunista social.

10h35 – 
O procurador indaga se Josino conhecia e se mantinha alguma relação com Leopoldino, porque o magistrado o teria acusado de ser corretor de sentenças. O réu responde que não sabe a razão e a que talvez o juiz tenha dito isso por influência do juiz aposentado compulsoriamente, José Geraldo Palmeira.

10h20 –
De acordo com o réu, sua relação com juízes e desembargadores se deve a atividade comercial de compra e venda de caminhões que desenvolve. Josino revela que boa parte dos magistrados tinha propriedades rurais e que por isso vendia-lhes equipamentos agrícolas com bastante frequência.

10h05 –
Josino: “Nunca tive contato algum com Leopoldino. Não conheci o juiz. Fiquei sabendo das denúncias que ele fez sobre venda de sentenças pelo jornal. Nunca tive motivo algum para fazer mal a qualquer pessoa. Não tenho arma e não ando com bandidos e nem com maus elementos. Não é isso que ensino ao meus filhos.”

10h -
Josino afirma que nunca teve relação alguma com o sargento Jesus, com o qual se encontrara uma única vez, em Chapada dos Guimarães, e ainda assim deixa claro  que tal encontro foi por acaso, numa sorveteria.

09h55 – Começa o depoimento. Josino demonstra visível abatimento; ele incia dizendo que ficara surpreso com o depoimento de José Geraldo Palmeira. O juiz Rafael Vasconcelos Porto inquiriu o réu sobre a sua relação com os desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça.
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