O ex-secretário extraordinário da Copa de 2014, Eder Moraes Dias, queria garantias do governador Silval Barbosa (PMDB) e do senador Blairo Maggi (PR) para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), segundo fontes próximas dos três líderes.
"Os dois [Silval e Blairo] tinham dado as garantias para ele [Eder] assumir uma vaga no TCE e as costuras políticas tinham avançado, mas parece que houve o caso clássico de traição política. E, como de praxe, a corda arrebenta do lado mais fraco", declarou uma fonte ligada ao ex-secretário.
O problema é que o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PSD), não foi comunicado da jogada política, como no caso do Garrincha com o zagueiro russo, ressaltou uma fonte ligada ao senador Blairo Maggi.
Questionado sobre as declarações feitas pelo interlocutor ouvido pela reportagem, o senador disse, com exclusividade para o
Olhar Direto, que nunca deu aval para que Éder assumisse uma das cadeiras do Tribunal de Contas.
Demonstrando tranquilidade mas sem esconder o desconforto, o senador também descartou que Éder Moraes tenha sido um arrecadador de recursos para campanhas eleitorais.
"Quando isso? Agora? Não. Nunca dei aval para ninguém assumir cadeira em tribunal. Desde que saí do governo, nunca mais me envolvi em situações que envolvam este governo, tampouco indicações para cagos públicos. O Éder nunca foi arrecadador de dinheiro para minhas campanhas em 2006 nem 2010", declarou.
Maggi se diz preocupado com informações que o ligam a uma pessoa que diz estar sendo vítima de ameaças de morte, no caso o ex-secretário da Secopa. O parlamentar do PR deixa claro que quer se manter longe desta confusão.
"Qualquer coisa que possa ocorrer com ele pode deixar um ponto de interrogação quanto à minha conduta. Por isso, quero colocar um ponto final nesta situação. Desde que saí do governo, minha posição tem sido de independência. Também não me envolvo com as indicações do PR para substituir o Éder", revelou.
Apesar da veemência de Maggi em negar as articulações em favor de Moraes Dias, uma segunda fonte muito próxima ao ex-secretário reafirmou que o senador republicano tinha sim assumido compromisso de "ser um dos fiadores" da indicação para o TCE.
"Eu acho que o próprio Eder deveria vir a público e esclarecer essa situação", exorta a fonte, por telefone.
Mais informações em instantes. Atualizada às 11h02
