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Domingo, 28 de abril de 2024

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ânimos exaltados

Secopa não aponta solução e moradores reclamam de desapropriação

Os ânimos se exaltaram entre os moradores dos bairros Pedregal, Bela Vista, Castelo Branco e Renascer e representantes do governo estadual e judiciário...

Foto: Edson Rodrigues/Secom-MT

Secopa não aponta solução e moradores reclamam de desapropriação
Os ânimos se exaltaram entre os moradores dos bairros Pedregal, Bela Vista, Castelo Branco e Renascer e representantes do governo estadual e judiciário de Mato Grosso durante reunião de desapropriação para a construção da Avenida Parque do Barbado, realizada na quinta-feira (24), no auditório da Secretaria Extraordinária da Copa. Sem resposta definitiva, outra reunião foi marcada para 1º de junho.


O secretário adjunto das Ações de Desapropriações, Djalma Sabo Mendes, garantiu possibilidade de indenização para as famílias com residências de estrutura melhor e maior que as oferecidas pelo governo em caso de remoção.

“Há essa via de fazer uma avaliação, até mesmo para os comerciantes”, afirmou o secretário adjunto. Mas ele foi categórico em dizer que quem for remanejado para outra residência não tem direito à indenização.

A primeira solução apontada pelo governo estadual é o remanejamento das famílias, cerca de 570, com aproximadamente 2.500 pessoas, para o conjunto habitacional Altos do Parque, localizado depois do bairro Parque Cuiabá.

Os moradores presentes na reunião subiram o tom de voz, aos gritos mostraram que não gostaram da proposta. Eles sugeriram uma remoção para no máximo cinco quilômetros do local de moradia atual.

“Estão querendo enfiar goela abaixo uma única alternativa. Não vamos deixar eles pisarem nas pessoas, nos nossos direitos”, reclamou Zildinete Virginio Antonio, moradora do bairro Pedregal há 37 anos.

O secretário de desapropriações, Djalma Sabo, garantiu alternativas para as famílias que serão removidas da atual moradia. "O governador [Silval Barbosa (PMDB)] determinou que se busque outras áreas, alternativas e possibilidades para solucionar a remoção. O conjunto habitacional Altos do Parque é uma realidade para os que quiserem ir, é o que nós [governo estadual] temos hoje de concreto”, afirmou.

Porém os interessados em mudar da residência, localizada onde será construída a Avenida Parque do Barbado, precisam estar dentro de algumas exigências, como, por exemplo, ter rendimento familiar mensal de R$ 1.600. Segundo informações do secretário de cidades, Nico Baracat, 317 pessoas se enquadram no perfil.

Djalma Sabo afirma uma possível reavaliação do projeto atual, com a intenção de remover menos famílias de onde será feita a obra. “Não vai haver nenhuma remoção sem um projeto, sem local definido para essas famílias”, frisou o secretário de Desapropriação.

Para ele, a obra é importante para Cuiabá, mas é preciso uma solução para as famílias. “Nem a Copa do Mundo tem o papel de ferir os direitos das famílias. Cada caso será analisado individualmente”, enfatizou.

Depois de discussões em tons altos, foi decidida a realização de uma nova reunião para o dia 1º de junho. Uma comissão composta por membros da Secretaria de Cidades, Secopa, Defensoria Pública, Setas, Comitê de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e moradores foi criada para as futuras negociações.

Atualizada
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