O pedido de prisão contra o vereador Lutero Ponce (PMDB) foi revogado pelo juiz da 15º Vara Criminal de Cuiabá, José Arimatéia Neves, o mesmo que decretou a prisão do parlamentar no dia 28 de junho.
De acordo com o advogado Paulo Taques, a decisão se deu pelo fato do mandado de busca e apreensão já ter sido cumprido e perdeu-se então o objeto. Isso porque a fundamentação para o pedido de prisão se deu pela garantia processual e instrumental de outra medida acautelatória.
O vereador está foragido desde a deflagração da Operação Crepúsculo, nesta segunda-feira (29). Ele é investigado pelo rombo na Câmara de Cuiabá durante sua gestão como presidente (2007/2008). O desvio pode chegar a R$ 7,5 milhões. Dentre as acusações contra o parlamentar está o de formação de quadrilha e crime contra o patrimônio.
O esquema investigado pela Delegacia Fazendária envolve fraude de licitação, em que empresas fantasmas seriam usadas para beneficiar os envolvidos. Foram decretados 11 pedidos de prisão, porém somente dois foram cumpridos.
A polícia constatou durante a investigação gastos execessivos com a aquisição de materiais de cozinha, como R$ 58 mil em copos descartáveis, R$ 16 mil em guardanapos, R$ 15 mil em sucos e R$ 28 mil em café moído. Ao todo, o gasto com 34 itens ultrapassa R$ 300 mil .
Atualizada às 20h59