O governador Blairo Maggi disse que quer desonerar o Estado da manutenção das rodovias por meio da implantação de pedágios por todo o Mato Grosso. Durante entrevista no Palácio Paiaguás, na manhã de quinta-feira, 3, ele afirmou que existe um superávit nos trechos já pedagiados, um bom argumento para expandir o sistema.

“O dinheiro arrecadado com o pedágio é suficiente para fazer toda a manutenção das rodovias”, diz Maggi. Ele explica que a verba cobre serviços como tapar buracos, manter a devida sinalização, recolher o lixo das margens e outras coisas que uma rodovia precisa para manter-se em plenas condições de trafegalibilidade.

“O dinheiro que o Estado gasta para a manutenção de rodovias é muito grande. É o dinheiro que poderia ser utilizado para construir novas rodovias”, justifica o governador.

Atualmente existem quatro rodovias de Mato Grosso que funcionam com pedágio. A primeira foi inaugurada em dezembro de 2006, na MT-242, entre Sorriso e Ipiranga do Norte. O trecho é de 65,5 quilômetros.

Outra praça de pedágio foi instalada na MT-449, na Rodovia da Mudança, em um trecho de 97,13 km entre Lucas do Rio Verde e Tapurah. Funcionam ainda mais um pedágio na MT-242, entre Sorriso, Nova Ubiratã e Boa Esperança (trecho de 83 km) e outra na MT-235, entre Nova Mutum e Santa Rita do Trivelato (trecho de 61 km administrado pela Associação dos Beneficiários da Rodovia da Produção).

Há um quinto trecho em que a cobrança já foi autorizada pelo Estado, na rodovia MT-487, trecho na região de Sorriso entre o entroncamento da BR-163 – Gleba Barreiro com o entroncamento da MT-222. O trecho, de 65,5 quilômetros de extensão, foi asfaltado por meio da modalidade Consórcio Rodoviário, uma parceria entre o governo estadual e a Associação dos Produtores da Gleba Barreiro, que irá administrar a praça de pedágio.