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Sábado, 27 de abril de 2024

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Ex-presidente do Peru enfrenta julgamento por corrupção

O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori começou nesta segunda-feira a ser julgado por corrupção, sob a acusação de ter gasto ilegalmente US$ 15 milhões no pagamento de um assessor.


Fujimori já cumpre uma sentença de 25 anos de prisão, aos quais ele foi condenado em abril por ter ordenado assassinatos e sequestros cometidos no início dos anos 90.

No novo julgamento, que ocorre em Lima, ele é acusado de ter usado ilegalmente verbas públicas para pagar Vladimiro Montesinos, então chefe do serviço secreto peruano.

O advogado do ex-presidente diz que ele se declarará inocente. Se condenado, pode receber uma pena de oito anos de prisão além de pagar uma multa de US$ 660 mil.

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O pagamento a Montesinos teria sido feito dois meses antes do grande escândalo de corrupção que derrubou Fujimori no ano 2000.

Naquela época, surgiram imagens de Montesinos subornando políticos da oposição e magnatas dos meios de comunicação. O ex-chefe do serviço secreto se encontra atualmente preso, condenado por corrupção, porte de armas e tráfico de drogas.

Vários ex-ministros de Fujimori devem testemunhar neste novo julgamento. Um deles, Carlos Bolona, responsável pela pasta de Economia, já disse que o ex-presidente autorizou retiradas de fundos para a Defesa.

Apesar da condenação em abril por violação dos direitos humanos, Fujimori ainda tem apoio de partes da população.

Pesquisas de opinião pública mostram que sua filha e sucessora política, Keiko Fujimori, é a favorita para as eleições presidenciais de 2011.

Fuga para o Japão

Fujimori foi eleito presidente do Peru em 1990, depois de enfrentar nas urnas o escritor Mario Vargas Llosa. No fim dos anos 80, o país sofria com a violência política e com a hiperinflação, herança do primeiro governo do atual presidente, Alan García.

Ameaçado pelo Sendero Luminoso e pelo MRTA, Fujimori uma ofensiva contra grupos subversivos no país.

Como resultado, praticamente deixaram de ser registrados incidentes extremistas no país. O líder do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, está preso até hoje.

Entretanto, durante essa ofensiva movida por Fujimori, 70 mil pessoas perderam a vida --muitas delas inocentes.

Em 2000, foram descobertos dezenas de vídeos com os subornos realizados por Montesinos --braço direito de Fujimori--, a políticos e empresários. Diante do escândalo, Fujimori fugiu para o Japão, de onde enviou uma carta de renúncia.

Em 2005, ao viajar ao Chile, foi detido e dois anos depois extraditado ao Peru, onde está preso desde 2007.
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