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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Sobras da Copa

Dois anos após a Copa, nenhuma ‘grande’ obra foi entregue definitivamente ao Estado

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Dois anos após a Copa, nenhuma ‘grande’ obra foi entregue definitivamente ao Estado
Há dois anos, Cuiabá vivia um momento histórico. No mesmo dia 20 de junho de 2014, os mato-grossenses já haviam acompanhado dois jogos da Copa do Mundo e aguardavam a realização do terceiro. Naquele momento, tudo eram flores. Porém, na mesma data, só que em 2016, ficaram apenas as sobras do que não foi feito. Trincheiras e viadutos ainda não foram entregues e o estafe do governador Pedro Taques (PSDB) sofre para conseguir concluir tudo, seja por inércia das construtoras ou dificuldades com recursos.


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Para tentar mudar este cenário, o governador Pedro Taques assinou, junto às empresas e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), diversos Termos de Ajustamento de Gestão (TAGs). Foram feitos compromissos para a retomada e finalização de 22 obras. Porém, a situação ainda é calamitosa.
 
Problemas
 
A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização do cumprimento dos Termos de Ajustamento de Gestão encontrou diversos problemas em relação ao cronograma de trabalho, falta de trabalhadores e descumprimento de metas de parceiros e empresas, durante uma vistoria a 17 obras entre Cuiabá e Várzea Grande e que são objeto dos TAGs. Os problemas financeiros das construtoras também são apontados como motivo. Em quase todas as obras visitadas foram encontradas patologias.
 
São diversas as trincheiras (Zero KM, Ciríaco Cândia, Santa Izabel/Verdão, Santa Rosa e Jurumirim) e viadutos (Dom Orlando Chaves e Despraiado) que deveriam ter ficado prontos antes da Copa do Mundo de 2014. A ‘missão’ não foi cumprida e o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) acabou ‘maquiando’ grande parte dos projetos para liberá-los a tempo do Mundial.
 
O Executivo já ameaçou rescindir o contrato com as construtoras diversas vezes. Um dos casos que mais preocupam é o da trincheira Santa Rosa. A empresa Camargo Campos, responsável por executar o projeto no local, faliu e agora uma nova licitação terá de ser realizada. Com isto, a retomada deve acontecer apenas no ano que vem.
 
COTs
 
Outra incógnita são os COTs (Centros Oficiais de Treinamento) que deveriam ter sido finalizados a tempo da Copa do Mundo. Porém, ainda em 2014, só o da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) foi utilizado por alguns das seleções. Mesmo assim, o projeto também não estava finalizado.
 
Em 2016, pouco mudou. O COT da UFMT continua parado e a pista olímpica prevista no local ainda não foi construída. No COT do Pari, em Várzea Grande, a situação é ainda pior. O local nem chegou a ser utilizado e continua abandonado. Os espaço foi prometido pelo governador Pedro Taques para a Polícia Militar.
 
Segundo o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, a intenção é transformar o espaço em um centro paraolímpico. Tudo ainda depende de uma análise com o Ministério do Esporte. Um dos empecilhos é uma ação impetrada pelo pecuarista José Carlos Corrêa Ramos solicitando a devolução da área doada ao governo do Estado para a construção do COT do Pari.
 
VLT
 
A novela do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) também não deve ter o seu último capítulo tão cedo. A questão segue judicializada e as duas partes ainda discutem sobre a retomada dos trabalhos. O Executivo aceita pagar mais R$ 600 milhões, enquanto que o Consórcio exige mais 1,2 bilhão, além dos R$ 1 bilhão já pagos. 
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