O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB) aposta no crescimento da oposição e do número de parlamentares independentes na Assembleia Legislativa, após a aprovação da lei da Revisão Geral Anual (RGA) 2016. O parlamentar afirmou que a atitude do governo estadual no episódio fará a oposição crescer. O texto aprovado por um placar de 13 a 9 garantiu reposição de 7,54% aos servidores do Poder Executivo, e desagradou o Fórum Sindical, pois a inflação do período foi de 11,28%.
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“Os independentes crescem a passos largos, não apenas porque querem ter um distanciamento calculado do governo, mas porque o próprio governo joga os deputados da sua base para a independência ou a oposição. Parece que o governo quer aumentar a base de independentes. Ele se esforça muito, tenho até que elogiar o esforço do governo cotidiano para ter uma boa base oposicionista na Assembleia”, disparou o deputado, que se classifica como independente.
Após a votação da RGA, o líder do governo, Wilson Santos (PSDB) reduziu suas contas sobre a base de sustentação do governo no Legislativo. Antes Wilson costumava calcular 21 aliados e agora afirma que conta apenas com 17 deputados. Além disso, o governador Pedro Taques (PSDB) declarou que sua base não pode ser “gelatinosa”, mas tem que ser firme.
“Os deputados da situação querem ajudar, querem ser leais ao governo, querem contribuir com Mato Grosso dando sustentação ao governo Pedro Taques. Mas uma medida atrapalhada atrás da outra, um desrespeito atrás do outro, um descaso atrás do outro, uma falta de consideração atrás da outra, uma medida impopular atrás da outra, uma medida impensada atrás da outra joga deputados para a oposição ou independência”, analisou Pinheiro.
Na conta da nova base aliada feita por Wilson Santos, entram os 15 que votaram com o governo no projeto da RGA – incluindo Romoaldo Junior (PMDB) que participou apenas da primeira votação e o presidente Guilherme Maluf (PSDB), que vota apenas em caso de empate –, além de Leonardo Albuquerque (PSD) e Wancley Carvalho (PV). Os dois tiveram autorização de Wilson para votar contra o projeto, por suas origens no serviço público.
Com o redesenho da base aliada, ficam de fora, nesse momento, Sebastião Rezende (PSC), Pery Taborelli (PSC), Silvano Amaral (PMDB) e Zé do Pátio (SD). Seguem na oposição Janaina Riva (PMDB) e Zeca Viana (PDT), além de Emanuel Pinheiro (PMDB), que segue como independente.
