Considerado o único capaz de apaziguar a base aliada no Edifício Dante de Oliveira, o governador José Pedro Taques (PSDB) assegurou que vai apenas assistir a disputa pela próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. “É lá na Assembleia que se trava essa discussão, que cabe aos deputados estaduais. Não coloco a minha colher de pau nesse angu”, afirmou Taques, depois de inaugurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ipase, em Várzea Grande, ao lado do atual vice-presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), e do ex-senador Jaime Campos (DEM).
Pedro Taques disse que o Poder Legislativo possui autonomia e sabedoria para tomar a decisão que melhor lhe aprouver. “Os parlamentares sabem muito bem o que é melhor [para a Assembleia] e não cabe a mim ou a outrem querer ensiná-los qualquer coisa”, definiu ele.
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Pouco antes, em seu discurso, Taques tinha afirmado que Eduardo Botelho possui “perfil de presidente da Assembleia”. Depois, observou que “por ser muito bonito, Botelho dita a moda [entre os colegas]”, arrancando gargalhadas de centenas de presentes ao pátio da UPA Ipase.
Eduardo Botelho evitou tecer detalhes sobre a Mesa Diretora e esclareceu que tem conversado com todos os colegas, indistintamente. Ele agradeceu aos elogios do governador, mas alertou que isso não significa apoio. “Vamos conseguir resolver isso no tempo certo e não deve sequer haver disputa”, pontuou ele.
Num complexo tabuleiro de xadrez, no Edifício Dante de Oliveira, a influência do governador pode ser decisiva ou, talvez, gerar revolta. Em tese, três deputados disputam a presidência: Guilherme Maluf (PSDB), que busca a reeleição; Emanuel Pinheiro (PMDB) e o próprio Botelho.
Na eleição de fevereiro do ano passado, com o resultado das urnas de 2014 ainda fresco na memória de todos, o apoio do Palácio Paiaguás foi decisivo para a vitória de Guilherme Maluf, tendo o deputado Nininho Ondanir Bortolini (PSD), na Primeira Secretaria.
