O vice-governador Carlos Fávaro (PSD) irá entregar carta de renúncia, na manhã desta quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa. O ato está marcado para as 10h e foi confirmado pelo presidente da Associação Mato-grossense do Municípios (AMM), Neurilan Fraga, ao
Olhar Direto. Os conflitos na relação entre Fávaro e o governador Pedro Taques (PSDB) vêm ganhando publicidade há algumas semanas, quando o vice anunciou que iria entregar os cargos de seu partido ao chefe do Executivo.
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Num documento com sete itens e 23 linhas, Carlos Fávaro avisou ao governador no início desta semana que o PSD estava entregando todos os seus cargos, que passaria a adotar uma postura de independência ao Governo e que ele iria construir a sua pré-candidatura ao Senado da República.
Fávaro é pré-candidato a senador, mas não pode disputar a eleição para o cargo caso assuma o governo de Mato Grosso nos próximos meses. O temor do vice é que Taques viaje para fora do Brasil, abrindo vacância do cargo, tornando-o inelegível. Para "sanar" o problema, um projeto de lei chegou a ser criado para obrigar o governador a avisar sobre a vacância com 48h de antecedência, o que ajudaria Fávaro a se proteger.
Conforme Olhar Direto antecipou ontem,
o presidente da AL, Eduardo Botelho (DEM), afirmou que não "ambiente" para se fazer a votação. Além disso, a reportagem apurou que o parecer da Comissão de Constituição e Justiça da AL também é pela inconstitucionalidade do projeto. Sem nenhuma garantia de que não vai prejudicar seu projeto eleitoral, Fávaro optou por deixar a Vice-Governadoria. Em breve, Taques deverá viajar para a Bolívia para assinar um acordo sobre combustíveis fósseis.
“A questão de renúncia do Carlos Fávaro da vice-governadoria é uma questão jurídica. Ele se permanecer como vice-governador e tiver uma viagem do governador para qualquer lugar que seja, ele automaticamente assume o governo e não tem condições de ser candidato a nada. Por conta deste processo ele está renunciando o mandato de vice-governador. É mais uma questão jurídica para que ele não fique inelegível e não possa participar do processo eleitoral de 2018”, afirmou o deputado estadual Wagner Ramos (PSD) ao
Olhar Direto.
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