O presidente regional do PSL, deputado federal Victorio Galli, confirmou ao
Olhar Direto ter conversado com o governador José Pedro Taques (PSDB), principalmente sobre emendas parlamentares, mas negou que tenha orquestrado uma
rasteira no ex-prefeito Dilceu Rossato (PSL), até então pré-candidato ao governo de Mato Grosso. “Desistiu mesmo? O partido não recebeu qualquer comunicado. O Rossato era o nosso candidato a governador. O PSL não possui plano B”, reagiu Galli, após o anúncio do recuo da pré-candidatura nesta manhã.
Victorio Galli explicou que o diálogo com Pedro Taques sempre foi institucional, para tratar questões de Estado. “Eu sou deputado federal e fui coordenador da bancada de Mato Grosso. Tenho que emendas a liberar e, por isso, devo conversar com o governador, com os prefeitos, com outros parlamentares”, argumentou ele, para a reportagem do
Olhar Direto.
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O presidente do PSL foi responsabilizado por Dilceu Rossato por desistir da candidatura ao Palácio Paiaguás. O então pré-candidato acusou Galli de articular em suas costas, em favor de uma aliança da legenda em prol da reeleição de Pedro Taques.
Em resposta às críticas, o parlamentar do PSL argumentou que não possui inimigos e mantém bom relacionamento com todos os segmentos. “Todo o mundo é meu amigo. Eu não tenho inimigos”, disparou Galli, numa resposta às insinuações de Rossato, de que estaria ‘vendendo’ o PSL.
A ausência de um comunicado formal do pré-candidato a governador também foi citada pelo presidente da sigla. “Estou aguardando um documento oficial. Até agora ele não comunicou ao partido. Assim que receber o comunicado oficial, vamos decidir que rumo tomar”, citou Galli, embora a notícia sobre a saída de Dilceu Rossato tenha sido manchete em todos os sites noticiosos de Mato Grosso, nesta sexta-feira (8).
Com Rossato na disputa pelo governo de Mato Grosso, o PSL teria também uma chapa forte ao Senado da República, com a juíza aposentada Selma Rosane Arruda (PSL) e o senador José Antônio Medeiros (Podemos). Sem ele, Victorio Galli terá de levar o PSL para uma candidatura a governador na qual comporte os seus pré-candidatos ao Senado.
Numa eventual chapa de reeleição do governador Pedro Taques, é praticamente certo que uma das vagas ao Senado, na chapa, seja destinada ao deputado federal Nilson Leitão (PSDB). Nesse contexto, sobraria apenas um apara acomodar Selma Arruda ou José Medeiros.