O vice-governador eleito Otaviano Pivetta (PDT) assumiu, no último domingo (7), que votou em Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República, e não em seu correligionário Ciro Gomes. Sobre o mandato que começa em 2019, ele afirmou que será um vice ‘comportado’, e que quem vai tomar as decisões será o futuro governador Mauro Mendes (DEM).
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Pivetta disse que, apesar de ser do mesmo partido de Ciro, votou para que o PT não ganhasse as eleições. “Eu tive que ser pragmático, porque eu não quero mais PT, eu não acredito que o PT tenha a solução para o Brasil, porque ganhou em 2002, ganhou em 2006, em 2010, 2014 e estamos em 2018, vem dizer que tem solução pro país? Não da pra acreditar, tem que mudar. O meu candidato infelizmente não teve projeção, não saiu do patamar de 10, 12%. Eu e minha cidade quase toda votamos no Bolsonaro, porque é algo que pode surpreender positivamente o Brasil. Só nos restou essa opção, e daqui pra frente eu vou continuar acreditando e confiando”, disse.
“Sabemos que não é fácil, que podemos até ter uma surpresa ruim, mas nós temos que arriscar, não podemos mais manter esse faz de conta, essa mesmice, o Brasil tem muito potencial, muita força pra crescer, tem muito estado com muito potencial, muita riqueza pra distribuir pro nosso povo e da maneira como está não está indo bem, nós precisamos mudar”, completou.
O vice negou que já esteja com algum cargo na ponta da agulha, e também não disse se vai comandar a transição de governo. “O governador é o Mauro, eu estou à disposição pra ajudar em todas as tarefas que eu for solicitado”, afirmou. “Tudo que é cargo, daqui pra frente será definido pelo governador que é o Mauro, eu serei um vice comportado”.
Ele, que foi aliado de Pedro Taques e coordenador geral da campanha vitoriosa em 2014, parabenizou o atual governador pela participação nas eleições, mas afirmou que o Estado está pior agora do que estava em 2014.
“Eu não tenho dúvida, ele é um homem culto, ele já teve a honra de ser senador, governador... Vida é assim, a gente perde e ganha, parabenizo ele por ter disputado e ter perdido a eleição, o importante é participar”, disse. “O balanço de 2017 mostra exatamente isso: dívidas vencidas e não pagas perto dos 3 bilhões de reais. A gente acredita que 2018 vai dar perto dos 4 bilhões de reais, então é 4 vezes pior do que quando ele assumiu (...) Eu não quero dizer que seja pior do que o outro deixou, mas ele pegou o estado bem melhor do que está hoje”, finalizou.