O resultado que as urnas eletrônicas apresentaram neste domingo (07), em Mato Grosso, evidenciaram aquela que vinha se mostrando pauta central destas eleições: o desejo de renovação na política. Além de uma abstenção que atingiu 24,56%, os eleitores mato-grossenses liquidaram figuras que até então lideravam todos os sufrágios, a exemplo dos deputados Valtenir Pereira (MDB) e Ezequiel Fonseca (PP). Apenas Carlos Bezerra (MDB) conseguiu se reeleger, o que levou a uma mudança de quase 100% da bancada do Estado.
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Dos atuais deputados federais, quatro tentavam a reeleição e dois buscavam o Senado. Somente Carlos Bezerra saiu vitorioso, mas ainda assim, com 67 mil votos a menos que o candidato a deputado federal mais votado.
Puxado pela juíza aposentada Selma Arruda (PSL) e pelo candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSL), o vice-presidente do PSL em Mato Grosso, Nelson Barbudo, que até então era desconhecido no âmbito político em Mato Grosso e da grande maioria da população, mostrou que o fenômeno do uso da internet foi decisivo nestas eleições e se elegeu com mais de 126 mil votos, sendo o mais votado.
A força de Bolsonaro em Mato Grosso também elegeu José Medeiros (Pode) com uma votação expressiva, atingindo 82.528 mil votos. A maior surpresa ficou por conta do deputado Victório Galli (PSL), que apesar do apoio massivo do candidato a presidência amargou derrota nas urnas.
Entre os novos deputados estão ainda Emanuelzinho (PTB), Neri Geller (PP), Dr. Leonardo (SD), professora Rosa Neide (PT) e Juarez Costa (MDB).