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Domingo, 28 de abril de 2024

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Cinebiografia de Lula é um dos filmes mais caros já feitos

Dono da produção de mais de 80 filmes, Luiz Carlos Barreto é uma espécie de coronel do cinema nacional. O articulador político do setor ainda produziu o maior sucesso de bilheteria do Brasil, "Dona Flor e seus Dois Maridos" (1976), que chegou a 12 milhões de espectadores --e cansou seu produtor.


"Não aguento mais ouvir: 'Luiz Carlos Barreto, o produtor de 'Dona Flor'", diz Barretão, 81, como é conhecido. Ele é consultor do filme "Lula, o Filho do Brasil", dirigido por seu filho, Fábio Barreto, e quer usá-lo para "ganhar dinheiro".

"Quero tirar a minha empresa do vermelho. Em 45 anos de cinema, essa empresa é um botequim que está no vermelho", afirma. E completa: "Estou me lixando para a eleição, de dona Dilma [Rousseff] ou de quem quer que seja".

A cem dias do lançamento do longa, em 1º de janeiro de 2010, ele diz à Folha que se sente vítima de "pré-censura" e ressalta que o filme não tem "nenhum vínculo político".

Folha - O senhor tem afirmado que espera 20 milhões de espectadores para "Lula, o Filho do Brasil". É um número pretensioso, não?

Luiz Carlos Barreto -
O filme parte do princípio dos 5 milhões. Se puder ir a 10, 15, 20... Não é impossível. Nos anos 70, os filmes faziam até 10% da população brasileira. "Dona Flor [e seus Dois Maridos]" fez 12 milhões quando o país tinha 120 milhões [de habitantes]. Hoje, temos 180 milhões. Sonhar em fazer 15, 16, 18 milhões, é um sonho, mas é realizável. Aí é que entra a necessidade de trabalhar fora dos padrões normais, de se lançar um filme fora dos mecanismos normais. Você começa a procurar formas de atrair o público que não tem o hábito de ir ao cinema, de adequar a política de preço às classes de baixa renda.

Folha - Trabalhar "fora dos padrões" inclui usar mecanismos do próprio governo?

Barreto -
É absolutamente uma má interpretação dizer que o filme está procurando a máquina governamental. Ao contrário, estamos longe da máquina governamental, das máquinas partidárias. O filme não tem nenhum vínculo político, mesmo porque não se pode fazer um filme político.

Quando você faz promoções, você tem que encontrar os canais. Atrair a classe de trabalhadores, funcionários públicos, aposentados. Se eu quero atrair estudantes, eu vou atrás da UNE. Fomos procurar as centrais sindicais. Elas não são máquinas do governo.
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