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Sábado, 27 de abril de 2024

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Premiê grego admite derrota e renuncia à liderança dos conservadores

O premiê grego, Costas Karamanlis, admitiu neste domingo a derrota de seus colegas conservadores do Nova Democracia nas eleições parlamentares e renunciou à liderança do partido. Com 39,66% das urnas apuradas, os conservadores têm 35,29% dos votos contra 43,66% dos socialistas do Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok), liderado pelo ex-ministro de Relações Exteriores Giorgos Papandreu.


Caso o resultado não seja alterado, os socialistas do Pasok terão uma maioria confortável de 158 das 300 cadeiras do Parlamento sem uma coalizão com os conservadores, que governam há quase seis anos.

Um comunicado do Nova Democracia, citado pela agência de notícias Associated Press, afirma que Karamanlis ligou para Papandreu para parabenizá-lo pela vitória de seu partido. Karamanlis "desejou boa sorte a ele", segundo o comunicado.

As projeções oficiais apontam que os socialistas devem ganhar com uma margem de dez pontos percentuais dos conservadores. Segundo a companhia responsável pela apuração, o resultado final pode ser de 43,8% para os socialistas contra 33,9% dos conservadores --o que seria o seu pior desempenho nas urnas.

A formação conservadora alcançou neste domingo a menor participação desde 1981, quando Andreas Papandreu, pai de Giorgos, subiu pela primeira vez ao poder.

Karamanlis, 53, disse que não será candidato à Presidência pelo partido fundado por seu tio Constantine Karamanlis há 35 anos.

O premiê convocou as eleições antecipadas em uma jogada arriscada pela qual dizia querer um mandato mais forte para enfrentar a crise econômica na Grécia. Ele já aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto quando convocou as eleições, o que atraiu críticas de seus partidários.

Karamanlis chegou ao poder em 2004, o mais jovem premiê na história moderna da Grécia depois de mais de uma década de governo socialista. Ele foi reeleito em 2007, mas rapidamente viu sua popularidade cair por escândalos financeiros, incluindo um acordo de trocas de terras com um monastério grego ortodoxo que custou ao Estado mais de US$ 145 milhões e forçou dois dos assessores de Karamanlis a renunciar.

O fracasso das autoridades em conter a violência que se espalhou pelo país depois que um adolescente foi baleado em dezembro, em Atenas, piorou a situação para os conservadores.

Com o resultado, Pasok recupera o poder na Grécia, após quase seis anos de governo conservador de Karamanlis em duas legislaturas. Papandreu prometeu um pacote de estímulo de 3 bilhões de euros com uma plataforma de tirar dos ricos e ajudar aos pobres, enquanto Karamanlis pediu dois anos de austeridade e controle rígido.

Os economistas questionam a sabedoria do plano de investimentos de Papandreou, dizendo que pode levar a mais empréstimos em um país que é o segundo maior devedor da zona do euro depois da Itália.

Um total de 9,8 milhões de eleitores foram às urnas depois de Karamanlis antecipar em dois anos o pleito e pedir aos eleitores a renovação do apoio diante dos desafios econômicos enfrentados pelo país.
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