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Sábado, 27 de abril de 2024

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Gugu deixa SBT e provoca rebuliço na audiência dos domingos

Quem poderia supor que um dia Gugu Liberato, tido como herdeiro artístico de Silvio Santos, deixaria o SBT? E mais. Que essa mudança pudesse provocar uma reviravolta radical em toda a audiência dos programas dominicais? Pois em 2009 uma verdadeira dança das cadeiras assolou as emissoras brasileiras.


Gugu de casa nova
O dia 31 de agosto marca uma mudança de rumo na programação dos domingos da TV aberta no Brasil. Nos estúdios da Rede Record no bairro da Barra Funda, em São Paulo, seis potentes câmaras digitais capturaram e transmitiram para todo o País uma imagem pouco imaginada meses antes, Gugu Liberato iniciava seu contumaz programa vespertino, só que dessa vez longe do SBT. "Meu Deus, o que está acontecendo com o mundo? Nunca pensei em ver o Gugu fora do SBT!", postou no Twitter um surpreso Marcos Mion.

A surpresa de Mion, que pouco tempo depois acabaria também acertando sua volta para a Record, refletiu um sentimento de incredulidade quase unânime entre os telespectadores.

Gugu passou 16 anos à frente do programa Domingo Legal, no SBT, e a mudança de emissora não passou impune e causou uma ebulição nos bastidores televisivos, provocando uma enorme troca de cadeiras.

Oficialmente, Gugu estreou na Record com o aval do ex-patrão, Silvio Santos. Contratado até 2010 pelo SBT, coube ao próprio Silvio a decisão de liberar a ida precoce do ex-discípulo para a outra emissora. "Silvio entendeu que segurar o Gugu até o fim do contrato só prolongaria uma realidade de indecisão no mercado publicitário, o que poderia trazer prejuízos maiores para a emissora. Além disso, quanto mais tempo demorasse a estrear na Record, maior seria a expectativa gerada em torno do novo programa", contou um executivo do SBT para o Terra.

Mas o patrão Silvio Santos, aparentemente, não aceitou muito bem a perda do passe do seu maior pupilo e, em uma clara atitude revanchista, levou para o SBT em uma só tacada os apresentadores Eliana e Roberto Justus, o jornalista Roberto Cabrini e o novelista Tiago Santiago.

Record
Para os executivos da Record, qualquer dificuldade provocada pela mudança de Gugu valia a pena. E a perda de Justus e Eliana foi resolvida com decisões rápidas e soluções caseiras.

A modelo Ana Hickmann, por exemplo, teve que assumir às pressas o programa abandonado por Eliana, o Tudo é Possível. Para substituí-la no programa Hoje em Dia nos dias em que estava gravando a atração dominical, a Record teve de contratar outra modelo, Gianne Albertoni.

SBT
No SBT, a entrada do Programa da Eliana na grade empurrou toda a programação da emissora para mais tarde. Atrações como o Cinema Oito e Meia que, como diz o nome, deveria ser apresentado às 20h30, chegou a entrar no ar, em um domingo de setembro, às 23h47.

Outro que mudou de horário para fazer frente a Gugu foi o próprio Silvio Santos. O programa dele tem sido veiculado mais tarde que o normal, entrando estrategicamente em média 20 minutos antes de Gugu.

Roberto Justus não está na grade dos domingos, mas sua mudança para o SBT foi creditada ao desejo de vingança de Silvio Santos contra a Record. Porém, o tiro saiu pela culatra. Se Justus estava acostumado aos altos índices de audiência com O Aprendiz, que normalmente ocupava a vice-liderança do horário, nas noites de quarta-feira do SBT, Justus e seu Um Contra 100 amargaram índices de audiência tão baixos que o apresentador não se conteve e declarou para a imprensa que nunca havia passado por aquilo antes.

O fiasco do programa de Justus provocou insatisfação interna nos bastidores do SBT. Ratinho e Hebe se sentiram menosprezados com a notícia de que o publicitário teria sido contratado por um salário que atingiria a faixa de R$ 1 milhão.

Usando a crise mundial como pano de fundo, em 2008 o SBT reduziu os salários de Hebe, Ratinho e até Christina Rocha, contudo, seus respectivos programas rendem audiência e faturamento igual ou maior ao de Justus. "Hebe está chateada, triste e decepcionada com o que está acontecendo no SBT", contou para o Terra um assessor ligado à apresentadora.

Globo
Na Globo, as mudanças nas emissoras concorrentes foram tratadas com seriedade. Fausto Silva teve seu programa deslocado para um horário um pouco mais tarde e a edição do Fantástico no primeiro domingo de Gugu na Record foi recheada de assuntos quentes. Entre eles, a repórter Sônia Bridi, uma das estrelas da emissora, vasculhou o mundo à procura do cantor Belchior, tido como desaparecido. Depois da busca, ela enfim o encontrou e a estratégia mostrou-se bem sucedida.

Contudo, para surpresa de todos, o programa que está no ar desde 1973 e é um dos mais tradicionais na grade da Globo sofreu o impacto das mudanças de domingo e, no final de outubro, registrou sua pior audiência em quase 40 anos de história.

Rede TV!
Em termos de audiência, o maior beneficiário da dança das cadeiras entre as grandes emissoras foi de longe o programa Pânico na TV!, da Rede TV!.

O programa de maior sucesso da emissora apresentou uma expressiva curva de crescimento na audiência depois do início da briga entre Record e SBT. Em setembro e outubro, as piadas de Vesgo, Ceará e toda a patota do Pânico alcançou a tão sonhada liderança, superando até a TV Globo (mesmo que por apenas alguns minutos preciosos) em diversos domingos.

Mônica Pimentel, superintendente artística da emissora, festejou o fato e creditou o êxito à fidelidade do público. "O nosso público não migrou para outras emissoras, a audiência está crescendo de maneira bastante significativa e expressiva", disse.
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