O médico legista do Instituto Médico Legal, Jorge Caramuru, explicou que a conclusão do laudo da exumação do corpo da jovem Eiko Uemura é de que ela já estava morta quando caiu no Portão do Inferno.

De acordo com Caramuru a causa da morte continua a mesma constatada pelo médico Edson Fratari, legista de Chapada dos Guimarães: traumatismo raquimedular, - lesão na coluna vertebral. Porém o que mudou é o fato de Eiko ter sido jogada morta ter sofrido lesões ainda em vida.

“Ela não morreu em função da queda. Ela foi morta em outro lugar e o corpo foi jogado no local”, afirmou durante entrevista coletiva. Segundo o médico, a ausência de sangue no local onde foi encontrado o corpo foi uma das evidências.

Sobre o fato do laudo de Fratari não ter detectado lesões externas, Caramuru informou que isso depende do organismo da pessoa. Em alguns as marcas aparecem dias depois ou na hora, por isso, as lesões podem não ter sido encontradas no primeiro laudo.

O médico informou que as lesões causadas em vida foram na pálpebra esquerda, no braço direito, fratura na coluna e o corte no pé direito. Caramuru informou ainda que os ferimentos foram causados por instrumento contundente, como um pedaço de pau ou cabo de vassoura.

Segundo o legista, não tinha como detectar isso no primeiro laudo em função das más condições do laboratório em Chapada dos Guimarães. “Cuiabá é o local mais bem estruturado para se fazer o exame de necropsia. No interior carece de mais estrutura”, afirmou.

A quantidade de cocaína encontrada no corpo de Eiko é considerada ínfima pelo médico. De acordo com Caramuru, a cocaína pode ser em função de alguma mistura de medicamento. “Tem se dado muita importância para um detalhe muito pequeno”, afirmou Jorge Caramuru.

Atualizada às 19h09

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