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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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Operação Abadom

Justiça mantém provas obtidas por interceptação telefônica em ação contra delegado acusado de atuar com traficantes

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça mantém provas obtidas por interceptação telefônica em ação contra delegado acusado de atuar com traficantes
O juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ação Cível Pública de Cuiabá, negou provimento a recurso do delegado João Bosco Ribeiro de Barros e sua esposa, Gláucia Cristina, que tentava excluir de ação de improbidade prova atingida por meio de interceptação telefônica. Caso tem relação com a Operação Abadom.


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Ação civil pública por ato de improbidade administrativa foi ajuizada pelo Ministério Público em desfavor de João Bosco Ribeiro de Barros, Gláucia Cristina Moura, Márcio Severo Amaral, Cláudio Roberto da Costa, Leonel Constantino de Arruda e George Fontoura Filgueias.
 
João Bosco e Gláucia são acusados de favorecimento a quadrilha de traficantes de entorpecentes. Márcio Severo Amaral, Cláudio Roberto da Costa, Leonel Constantino de Arruda e George Fontoura Filgueias são acusados pela prática de extorsão a traficantes de entorpecentes visando ganho financeiro ilícito.
 
João Bosco e sua esposa argumentaram que não pode ser considerada como meio de prova a interceptação telefônica juntada de forma parcial e que não fora submetida a perícia para comprovação das falas contidas nas transcrições.
 
Segundo decisão de Bruno D’Oliveira, não compete a ele apreciar a legalidade da prova emprestada trazida aos autos, “pois o ordenamento jurídico pátrio admite que a prova produzida em ação penal seja utilizada na ação de improbidade administrativa”.
 
“Importante frisar que os embargantes não trouxeram qualquer informação que aponte que o Juízo criminal competente tenha reconhecido a nulidade total ou parcial da prova em discussão, razão pela qual não há óbice que ela seja utilizada na ação de improbidade administrativa”, explicou o magistrado.

A Operação Abadom foi deflagrada em junho de 2013. De acordo com o Ministério Público, o delegado João Bosco, juntamente com sua esposa Gláucia Cristina (Investigadora de Polícia), atuando em conjunto com outros denunciados, agiram mediante promessa de vantagem indevida no intuito de darem proteção e cobertura à atividade criminosa do traficante de drogas Marco Antônio da Silva, também conhecido como Neném.
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