Em recuperação judicial por dívidas superiores a R$ 39 milhões, o Grupo Bezerra, do ex-deputado federal Carlos Bezerra e sua esposa, Teté Bezerra, ambos do MDB, tem uma lista com 27 credores no processo. O engenheiro Pedro Luiz de Araújo, que emprestou quantia milionária ao casal referente à campanha eleitoral de 2010, é o nome com maior crédito, no valor de R$ 17 milhões.
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A relação de credores do grupo Bezerra foi acostada nos autos do processo de recuperação judicial no último dia 24 de maio. Nela, constam seis nomes na classe trabalhista e 19 na classe quirografário.
Dentre os quirografários, destaca-se o engenheiro civil Pedro Luiz de Araújo, nome com o maior crédito a receber, no valor de R$ 17.025.365,00. Em 2013, o casal Bezerra firmou Instrumento Particular de Confissão de Dívida com o engenheiro, e confessando à época o valor de R$ 7 milhões provenientes do débito.
Segundo maior crédito é do advogado Diego Castro de Melo, que cobra R$ 6.455.382,00 do Grupo. Diego, inclusive, apresentou recurso contra a decisão que autorizou a Recuperação Judicial dos Bezerra sob alegação de inconsistência no estabelecimento principal alegado por eles no processo. Os Embargos de Declaração, porém, foram rejeitados.
Logo atrás aparece o empresário Júlio Cesar de Almeida Braz, com R$ 3 milhões a receber, seguido por Agrogel Projetos, com R$ 1,6 mi, Algodoeira Froza, com R$ 1,1 mi, Elarmin Miranda, com R$ 1,2 mi. Além deles, também consta na relação o advogado Francisco Faiad, com crédito de R$ 1 milhão.
No dia 23 de março, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira autorizou o pedido de recuperação judicial requerido pelo ex-deputado de Mato Grosso, Carlos Bezerra e sua esposa, Aparecida Maria, a Teté Bezerra, ambos do MDB, por dívidas de R$ 39 milhões. O casal entrou com o pedido na justiça alegando que o Grupo Bezerra, representado por eles, entrou em crise econômico financeira.
A magistrada suspendeu por 180 dias as execuções judiciais contra a empresa – incluindo o leilão da Fazenda São Carlos, que havia sido determinado para pagar o empréstimo de Pedro Luiz Araújo. Ela ainda definiu como administrador judicial a Case Administração Judicial.
O Grupo Bezerra alegou que a crise financeira é resultado da recessão econômica, das mudanças climáticas e da pandemia da Covid-19.
E sustentou que vem tentando de todas as formas se estabilizar, reduzir custos, despesas, porém, mesmo assim, o lucro não seria suficiente para manter os resultados, não restando outra alternativa senão a recuperação judicial.
Veja abaixo a lista completa de credores
-(2)(2)-(1).jpg "Em recuperação judicial, Bezerra deve R$ 17 milhões a engenheiro e R$ 6 milhões a advogado")
