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Quinta-feira, 27 de junho de 2024

Notícias | Criminal

DEZOITO PRISÕES MANTIDAS

Juiz aceita denúncia contra WT e outros 25 membros do CV acusados pela Apito Final de lavar mais de R$ 60 milhões

Foto: Reprodução

Juiz aceita denúncia contra WT e outros 25 membros do CV acusados pela Apito Final de lavar mais de R$ 60 milhões
O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu denúncia e tornou réus Paulo Witer Farias, o WT, e mais 25 membros do Comando Vermelho, alvos da Operação Apito Final, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Destes, 18 tiveram as respectivas prisões mantidas. Em relação à advogada Fabiana Felix de Arruda, também ré, o magistrado a concedeu prisão domiciliar levando em conta que ela é mãe de um menino de 6 anos.


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Decisão foi proferida nesta semana, após o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), por intermédio do promotor João Batista de Oliveira, denuncia-los no dia 25.  Por falta de autoria, o MPE não os acusou pelo crime de tráfico de drogas.

Foram denunciados: Alex Júnior Santos de Alencar, o Soldado, Andrew Nickolas Marques dos Santos, Cleyton César Ferreira de Arruda, Cristiane Patrícia Rosa Prins, Emanuele Antônia da Silva, Emerson Ferreira Lima, Emilly Vitória Santos Alves, Erisson Oliveira da Silveira, Fabiana Félix de Arruda Souza, Fabiana Maria de Cerqueira dos Santos e Fagner Farias Paelo – o Vaguinho, irmão de WT.

Jaiane Suelen Silva de Arruda, Jean Marcel Neves Conrado, Jeferson da Silva Sancoviche, o Japão, Jonas Cândido da Silva, o advogado de WT, Joventino Xavier, Luiz Fernando da Silva Oliveira, Maria Aparecida Coluna Almeida, Mário Henrique Tavito da Silva, Mayara Bruno Soares Trombim, Michael Richard da Silva Almeida, Paulo Vinícius Gabriel de Araújo, o WT, Renan Freire Borman, Tayrone Júnior Fernandes de Souza e Thassiana Cristina de Oliveira Arruda.

Na denúncia, o promotor reforçou as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de que WT teria retomado sua atividade no grupo e assumido uma nova função após ser posto em liberdade, qual seja, a de tesoureiro geral.
 
Ainda segundo as informações recebidas, Paulo, além de ser responsável pela contabilidade do grupo, também é responsável pela arrecadação de valores oriundos do tráfico de drogas na região da Morada da Serra, com a consequente realização de manobras e utilização de pessoas interpostas a fim de realizar a lavagem do dinheiro ilícito. Estima-se que o grupo de WT lavou mais de R$60 milhões.

Examinando o caso, o magistrado considerou a gravidade dos fatos, a periculosidade dos agentes e os indícios de autoria e materialidade, que foram devidamente apresentados pelas investigações à Justiça.

“Os acusados foram recém denunciados nos delitos de organização criminosa e de lavagem de capitais, visto que, em tese, integram a facção criminosa “Comando Vermelho”, altamente estruturada, assim como ocultaram e dissimularam a natureza, origem, movimentação e propriedade de bens e valores provenientes, direta ou indiretamente para o respectivo grupo”, anotou.

Em relação às prisões, o magistrado decidiu manter 18 alvos preventivamente encarcerados para garantia da ordem pública, da instrução criminal e da aplicação da lei penal.

Sobre pedido da advogada Fabiana, mãe de um menino de 6 anos, o juiz considerou que ela é primária, cometeu crime sem violência ou grave ameaça, e que possui os requisitos para ter o direito da domiciliar, bem como para proteger a saúde da criança. João Filho de Almeida determinou a expedição do Alvará de Soltura em favor de Fabiana, mas ordenou que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica.
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