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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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DESDE QUE FOI COMPRADO POR GORDÃO

Com shows nacionais de Mc Poze e Péricles, Dallas lavou mais de R$ 24 milhões para o CV

Foto: Reprodução

Com shows nacionais de Mc Poze e Péricles, Dallas lavou mais de R$ 24 milhões para o CV
O bar Dallas, em Cuiabá, lavou mais de R$ 12 milhões para o Comando Vermelho no ano que lideranças da organização o adquiriram, em 2021. Entre 2018 e 2020, antes de ser vendido à Willian Aparecido da Costa Pereira, vulgo Willian Gordão, um dos líderes da facção em Mato Grosso, o bar movimentou pouco mais de R$ 2,7 milhões. Porém, nos anos de 2021 e 22, foram mais de R$ 24 milhões, com a realização de shows de funkeiros nacionais, como Mc Poze.


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Por meio das empresas Dallas Eventos e G12, os investigados da Operação Ragnatela, dentre eles Rodrigo Leal, que é assessor do vereador Paulo Henrique Figueiredo (MDB), e também um dos proprietários do Dallas Bar e do Strick Pub, realizavam os eventos para lavar os milhões da facção. Nos anos de 2022 e 2023, o Mc Poze do Rodo fez diversos shows na capital.

Já o funkeiro Mc Daniel, que é de São Paulo e, portanto, teria supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital, facção rival, foi impedido de se apresentar na capital por ser paulista e da região dominada pelo PCC.

Willian Gordão, adquiriu o Dallas em 2021 por R$800 mil. Ele assinou uma procuração a qual outorgou à Rodrigo Leal amplos poderes para representar o estabelecimento em quaisquer bancos ou instituições financeiras. A partir de então, com a ajuda de Joadir Alves Gonçalves, vulgo “Jogador”, que também é líder do CV, inicia-se o processo de lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal anotou no relatório que foi a partir de 2021 que houve aumento significativo nos montantes fiscais e bancários do Dallas. Com isso, a empresa de eventos com o mesmo nome do bar, realizou shows de Poze, do pagodeiro Péricles, e de diversas duplas sertanejas.

Em 2021, as transações alcançaram o patamar de R$ 10.215.384,45, sendo R$5.1 mi em créditos e R$5.024 em débitos. No ano seguinte, R$ 14.274.294,63, sendo R$7.1 em créditos e R$7.1 em débitos, frente aos valores declarados junto à receita federal.

“Fato este que confirma exatamente a ocultação/omissão de valores provenientes de atividades ilícitas”, diz um trecho do relatório. Antes disso, ainda segundo dados da receita federal, o bar movimentou, em três anos, o total de R$ 2.732.072,00.
 
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