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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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LÍDER DO COMANDO VERMELHO EM MT

TJ considera posição de liderança, mais de 100 anos de condenação e mantém Sandro Louco preso na PCE

Foto: Reprodução

TJ considera posição de liderança, mais de 100 anos de condenação e mantém Sandro Louco preso na PCE
O Tribunal de Justiça, por unanimidade, manteve a prisão do líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, detido no âmbito da Operação Ativo Oculto, por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Julgamento da Segunda Câmara Criminal ocorreu nesta quarta-feira (19).

O desembargador relator, Rui Ramos Ribeiro, destacou em seu voto as fundamentações da decisão de primeiro grau que decretou a prisão cautelar de Sandro Louco.

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Para justificar o claustro de Sandro, foi lembrado que, além de ser a liderança da facção e condenado a mais de 160 anos, ele, ainda assim, mantém o controle final das operações da organização, de dentro da Penitenciária Central do Estado.

“Assim, com o auxílio das demais denunciadas, Sandro realizaria a lavagem de dinheiro advindo das atividades criminosas da facção, proporcionando à sua família um padrão de vida incompatível com a renda presumida ou declarada”, diz trecho do acórdão.

No habeas corpus, além do requerimento de revogação, havia pedido para que ele saísse do Raio 8 da PCE, considerado local de isolamento extremo reservado para criminosos de alta periculosidade. Contudo, esse pleito foi julgado prejudicado pelo Tribunal, já que o juízo de primeiro piso já havia concedido a retirada de Sandro de lá.

Outro argumento visando que ele fosse colocado em liberdade foi o fato de que os demais réus na ação teriam sido beneficiados com medidas cautelares diversas da prisão. No entanto, conforme Rui Ramos, a situação de Sandro é diferente, justamente por ele ser o líder máximo da facção.

“Por fim, quanto a liberdade concedida pelo Juiz de origem aos outros corréus, verifico que não possui similitude ao caso do paciente, pois, o que demonstra nos autos que o mesmo, em tese, é líder da facção denominada “Comando Vermelho – CV”. Portanto, não há como falar em situação idêntica para que se aplique a extensão do benefício”. Diante disso, por unanimidade, os magistrados da Câmara Julgadora decidiram mantê-lo preso na PCE.

Sandro, que já estava preso, teve mais um decreto de detenção expedido em março de 2023, quando da deflagração da Operação Ativo Oculto, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que o acusou de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos em decorrência da atividade da facção criminosa Comando Vermelho.

Conforme as investigações, liderados por Sandro, os faccionados do CV, sobretudo vários presos, utilizavam parentes e pessoas próximas para movimentar quantias milionárias oriundas das atividades criminosa, especialmente tráfico de drogas, golpes por meio do OLX, roubos e outros delitos.

Os fatos se evidenciaram com base no elevado padrão econômico dos familiares e próximos, além de que eles mandavam e desmandavam durante as visitas aos presos nas cadeias.

“Acrescentou que a maioria desses visitantes que ostentam padrão financeiro elevado são as mulheres e outros familiares dos presos, embora haja alguns visitantes sem vínculo familiar, apenas "conhecidos" dos presos”, diz trecho da inicial.
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