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Sábado, 27 de julho de 2024

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cronograma de debates

Valtenir negocia aprovação de mudanças no novo Código

Valtenir negocia aprovação de mudanças no novo Código
Deputados da Comissão Especial do novo Código de Processo Civil (CPC) voltarão a debater o relatório final do projeto de lei 8046/2010 a partir dia 30 deste mês, logo após o segundo turno das eleições municipais. Serão realizadas seis reuniões, nos dias 30 e 31 de outubro e nos dias 1º, 6, 7 e 8 de novembro. A data da votação ainda não foi definida.


Os parlamentares fizeram uma série de modificações no texto oriundo do Senado Federal. O temor dos deputados é de que, ao voltar à análise dos senadores, todas as alterações propostas na Câmara Federal sejam derrubadas.

Integrante da Comissão Especial, o deputado Valtenir Pereira (PSB/MT) admite que pode haver dificuldade para buscar um entendimento com os senadores. Segundo ele, enquanto o Senado restrigiu o debate a uma comissão de juristas, diversas audiêncis públicas foram realizadas na Câmara dos Deputrados para ampliar o debate.

"Pelo fato de o projeto ter iniciado lá, é possível que eles derrubem muitas de nossas propostas. Mas vamos buscar um entendimento e esclarecer que todos os novos pontos do projeto forma acrescentados depois que o debate foi aberto à participação da sociedade. O novo Código é de 1973 e precisa estar sintonizado com a modernização tecnológica e com as novas relações sociais, de mercado e trabalhistas", sustenta.

Uma das principais alterações no texto apresentado pelo relator, o deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), é a que permite o desconto de até 30% do salários em caso de dívidas. Hoje o salário só pode ser penhorado em casos de pensão.

O relatório tem gerado polêmica porque permite a penhora de parte do salário para quitar dívidas. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que foi sub-relator de execução (a parte do CPC que trata de penhora), já avisou que vai pedir a votação em separado desse ponto do texto. “Salário é sagrado, a pessoa não pode ser surpreendida com um desconto”, argumentou Faria de Sá.

A permissão da penhora de parte dos salários é uma das inovações defendidas por Barradas. O relatório permite o desconto de até 30% do rendimento mensal que exceder seis salários mínimos, calculados após os descontos obrigatórios (Imposto de Renda, contribuição previdenciária e pensão).

Barradas argumenta que a medida só vai atingir quem receber mais do que R$ 3,7 mil, excluindo da possibilidade do desconto os aposentados do Regime Geral de Previdência e ainda a maior parte dos assalariados.
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