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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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Voto impresso ameaça democracia e comporta interesses 'nada republicanos', afirma Borges

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Voto impresso ameaça democracia e comporta interesses 'nada republicanos', afirma Borges
Chefe do Ministério Público em Mato Grosso (MPE), o procurador-geral de Justiça, José Antonio Borges, emitiu manifestação para repelir, “de forma veemente e inarredável”, a ideia do presidente da República, Jair Bolsonaro, de reimplantar voto impresso. Segundo borges, o posicionamento de Bolsonaro, ameaçando a democracia caso o sistema de votação não seja repensado, comporta “interesses nada republicanos”.


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“Diante das seguidas ameaças públicas, veladas e explícitas, de se desrespeitar a vontade popular nas eleições presidenciais de 2022 caso não seja reimplantado o voto impresso, colocando em xeque o sistema eleitoral brasileiro, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, cumprindo uma de suas mais nobres missões, vem a público repelir, de forma veemente e inarredável, qualquer iniciativa que atinja a democracia tão duramente reconquistada pelo povo brasileiro”, diz trecho de nota.
 
Segundo Borges, ao lançar dúvidas sobre a lisura e transparência do sistema eleitoral do país, aqueles que defendem o voto em cédula de papel demonstram total desrespeito com a Justiça Eleitoral brasileira, reconhecida como uma das mais avançadas e eficientes do mundo, adotada como referência por vários países.
 
“Estudos científicos, auditorias e mesmo investigações realizadas pela Polícia Federal apurando denúncias de suposta fragilidade e manipulação de resultados nos pleitos, já comprovaram, inequivocamente, que o voto eletrônico do Brasil é transparente, seguro e jamais teve qualquer caso comprovado de manipulação de resultados. E, como tem reafirmado o Tribunal Superior Eleitoral, é auditável e acessível aos partidos políticos, órgãos de controle e outras instituições representativas da sociedade civil. O discurso de que o voto eletrônico é inseguro e inconfiável não passa de aleivosia lançada com interesses nada republicanos”, argumenta o procurador.
 
Na nota, o Ministério Público de Mato Grosso reafirma o compromisso com seu papel institucional de guardião do regime democrático, “unindo-se às demais instituições na defesa da democracia e do respeito à nossa Constituição Cidadã”.
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