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Sábado, 20 de julho de 2024

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Mutirão do Bradesco traz benefícios às partes

Com o objetivo de diminuir o número de processos das varas bancárias, está sendo realizado mais um mutirão de conciliação, entre os dias 9 e 11 de abril, na Central de Conciliação do Fórum da capital. Desta vez, o Banco Bradesco e seus clientes terão a oportunidade de dialogar, promover acordos e solucionar seus litígios.


Jaqueline Bagão, conciliadora credenciada, explica que as partes são convocadas pela Central de Conciliação a partir de uma lista de processos pré-selecionados pela instituição financeira. “O banco encaminha os casos em que acredita haver maior potencial de acordo. E, no dia da audiência, o preposto da instituição já chega com uma proposta para cada caso, o que não impede a parte contrária de fazer uma contraproposta”, explana a conciliadora.

Foi justamente o que aconteceu durante a audiência do empresário do setor da construção civil, Donaldo Gomes Bezerra. Donaldo tem um débito de R$ 1.100.000 com o banco, que por sua vez fez uma proposta de pagamento de R$ 600 mil. O empresário, entretanto, disse dispor de apenas R$ 200 mil, mediante a venda de um imóvel. Embora o acordo não tenha sido homologado, as partes se entenderam e o empresário terá o prazo trinta dias para quitar o débito. “O acordo é sempre uma solução melhor do que o processo judicial. Minha intenção é liquidar os débitos, restabelecer meu crédito no mercado e voltar a operar novamente”, conta Donaldo.

Coordenadora da Central de Conciliação de Primeiro Grau, a juíza Adair Julieta ressalta que as audiências realizadas nos mutirões são bastante vantajosas para as partes. “Além de retirar o nome da negativação, a parte devedora consegue obter uma proposta diferenciada, como juros reduzidos, descontos especiais e mais parcelamentos. Já o credor finda com os processos pendentes”, explica a magistrada.

A juíza esclarece ainda que esses benefícios só são oferecidos nas audiências de conciliação do mutirão, pois é convocado um representante da matriz do banco especialmente para a iniciativa.

Durante os três dias de mutirão, serão disponibilizadas quatro bancas de conciliação e estão programadas cerca de 60 audiências. A maior parte dos processos refere-se a ações de cobranças, execuções e revisionais. Nos dois primeiros casos, o banco figura como credor, já no último os autores são os clientes.
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