O valor arrecadado pelo Mixto Esporte Clube no jogo contra o Santos – realizado no dia 02 deste mês – terá de ser depositado em uma conta judicial para sanar dívidas trabalhistas do clube. A determinação foi do juiz Paulo Roberto Brescovici, do Núcleo de Conciliação do Tribunal do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT). Segundo documento, renda líquida foi de quase R$ 663 mil.
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Segundo consta, a equipe cuiabana tem aproximadamente R$ 1 milhão em dívidas com ex-jogadores e outros profissionais que atuaram na equipe em outras funções. O débito se refere a ações que já estão na fase de execução.
O empresário Mario Zeferino explicou ao
Olhar Jurídico que: “o valor que caberia ao Mixto é o que será repassado para esta conta. As pessoas que trabalharam com o evento não têm nada a ver com isso. A dívida é do clube. Todas as despesas serão pagas e o que tiver de ser transferido, será”. Mário ainda fez questão de ressaltar que o débito não pertence a empresa.
A reportagem do Olhar Jurídico consultou o Boletim Financeiro da partida no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para saber qual foi a renda do jogo. O documento de nº 051/2014, mostra que a renda bruta do evento foi de R$ 748.760,00 enquanto a liquida – já descontadas as despesas – foi de R$ 662.782,26.
Porém, o valor da venda dos camarotes não consta no boletim. Vale lembrar que a empresa fica com uma porcentagem da venda dos ingressos como pagamento pelo trabalho realizado. O caso de ‘sequestro’ da renda de um jogo não é novidade no Mixto, que já acumulou diversas dívidas durante os anos. Uma parte do lucro obtido em um amistoso realizado contra o Corinthians em 2008, também teve de ser repassado a um ex-atleta.