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MP promove semana de mobilização nacional em defesa das pessoas em situação de rua

13 Mai 2014 - 12:59

Assessoria de Comunicação Social/Conselho Nacional do Ministério Público

De 26 a 30 de maio, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) irá promover a "Semana de mobilização nacional em defesa das pessoas em situação de rua". A iniciativa marca a adesão do CNMP à campanha "Sou morador de rua e tenho direito a ter direitos". Elaborada pelo CNDDH - Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos das Pessoas em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e tem, como objetivo, contribuir para o fortalecimento da atuação do MP brasileiro na defesa dos direitos das pessoas em situação de rua, em especial nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.


A ação visa efetivar a Política Nacional para a População em Situação de Rua (Decreto Presidencial nº. 7053/2009), que tem como objetivo assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda.

Durante a Semana, haverá grande mobilização em torno do tema. Serão realizadas, nas diferentes unidades e ramos do MP brasileiro, reuniões e audiências públicas sobre o tema. Do mesmo modo, serão fixados cartazes, concedidas entrevistas, bem como será dada ampla divulgação nas mídias sociais sobre os direitos das pessoas em situação de rua e a atuação do MP em sua defesa.

Outro ponto forte da semana é a divulgação do documento: Diretrizes de atuação do Ministério Público Brasileiro em Defesa das Pessoas em Situação de Rua durante a Copa do Mundo de 2014. O documento é resultado do Encontro Nacional MP em defesa da população de rua, promovido em abril pela Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais e pelo Fórum de Articulação das Ações do MP na Copa do Mundo do CNMP e expressa o comprometimento de membros dos diversos ramos do Ministério Público dos estados que irão sediar a Copa do Mundo com a defesa dos direitos das pessoas em situação de rua, no propósito de assegurar o trabalho social de abordagem e de busca ativa que identifique, nos territórios, a incidência de pessoas em situação de rua, a fim de construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios socioassistenciais.

As diretrizes asseguram, ainda, que nas abordagens policiais, a revista seja realizada por agentes do mesmo sexo do abordado; a obtenção de documentos pessoais pelas pessoas em situação de rua, inclusive a gratuidade da segunda via; o impedimento da apreensão ilegal de documentos pessoais e bens pertencentes às pessoas em situação de rua; ações vexatórias, dentre outras.

Conheça as diretrizes consensuadas e os membros do Ministério Público brasileiro referências do Projeto MP em defesa da População em situação de rua em cada estado. Veja também: referências do CNDDH nos estados.

Dados

Entre agosto de 2007 e março de 2008, por meio de uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) com a Unesco, foi realizada a Pesquisa Nacional sobre População em Situação de Rua.

A pesquisa, que incluiu a contagem e caracterização da população adulta em situação de rua, foi realizada nos municípios com mais de 300.000 habitantes e em todas as capitais, com exceção de Belo Horizonte, São Paulo e Recife, que haviam realizado pesquisas semelhantes em anos recentes, e Porto Alegre, que naquele momento, conduzia a pesquisa de iniciativa municipal.

A pesquisa nacional contabilizou 31.922 adultos em situação de rua nos 71 municípios pesquisados. Nesse sentido, ao somar o valor do contingente da pesquisa nacional com os números das pesquisas realizadas em Recife, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre estima-se que o total de pessoas adultas em situação de rua identificadas representa, aproximadamente, 50 mil.

De acordo com o decreto que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua, estas são caracterizadas como um grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou rompidos e a inexistência de moradia convencional regular.

Essa população se caracteriza, ainda, pela utilização de locais públicos como praças, jardins, canteiros, marquises, viadutos, além de áreas degradadas como prédios abandonados, ruínas, carcaças de veículos como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente.
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