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Sábado, 20 de julho de 2024

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Operação Ararath

Associação sai em defesa de procuradora, após Riva acusá-la de fazer “críticas infundadas”

Foto: MidiaNews

Associação sai em defesa de procuradora, após Riva acusá-la de fazer “críticas infundadas”
A procuradora da República Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, lotada no Ministério Público Federal no Mato Grosso, foi defendida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que divulgou uma nota de desagravo às críticas feitas pelo Deputado Estadual José Geraldo Riva (PSD-MT), durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (26).


Aos jornalistas, o deputado afirmou que foi vítima de uma prisão injusta e baseada em “argumentos sórdidos”, explorados pela Procuradoria-Geral da República para convencer a Justiça a colocá-lo atrás das grades. O parlamentar foi preso na última terça-feira, 20, durante a execução da Operação Ararath.

Riva acusa Taques de arquitetar sua prisão com “comitê da maldade”

Em nota divulgada nesta tarde, a ANPR rechaça qualquer tentativa de intimidação, bem como de afronta à independência, autonomia e isenção de membros do MPF. “Na qualidade de representante da classe de procuradores da República, a ANPR esclarece que a investigação e as prisões dela decorrentes são fruto de um trabalho articulado do Ministério Público Federal, através da Procuradoria da República em Mato Grosso e da Procuradoria Geral da República, e da Polícia Federal”, diz trecho da nota.

A associação garante ainda que todas as medidas executadas foram autorizadas judicialmente, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal. “Causam repulsa, portanto, as hipóteses de suposta conduta suspeita e mentirosa por parte da procuradora da República em questão. Da mesma forma, merece repúdio a afirmação de que o MPF atua com motivações políticas e sob influência de quem quer que seja”.

Durante a coletiva de imprensa, Riva sugeriu que sua prisão teria sido articulada pelo senador Pedro Taques (PDT), ao “arquitetar” a delação premiada de Júnior Mendonça junto com o que classificou de 'comitê da maldade'. “Essas perseguições são porque eu não tenho medo de falar o nome de Pedro Taques”, enfatizou o deputado Riva.

Leia íntegra da nota

Nota de Desagravo – Operação Ararath

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público desagravar a procuradora da República Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, lotada no Ministério Público Federal no Mato Grosso, das críticas infundadas feitas pelo Deputado Estadual José Geraldo Riva (PSD-MT). Investigado em inquérito que tramita perante o STF, o parlamentar foi preso na última terça-feira, 20, durante a execução da Operação Ararath. A ANPR rechaça qualquer tentativa de intimidação, bem como de afronta à independência, autonomia e isenção de membros do MPF.

Na qualidade de representante da classe de procuradores da República, a ANPR esclarece que a investigação e as prisões dela decorrentes são fruto de um trabalho articulado do Ministério Público Federal, através da Procuradoria da República em Mato Grosso e da Procuradoria Geral da República, e da Polícia Federal. Além disso, todas as medidas executadas foram autorizadas judicialmente, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal. Causam repulsa, portanto, as hipóteses de suposta conduta suspeita e mentirosa por parte da procuradora da República em questão. Da mesma forma, merece repúdio a afirmação de que o MPF atua com motivações políticas e sob influência de quem quer que seja.
A ANPR manifesta seu inteiro apoio e confiança ao trabalho técnico e isento dos procuradores da República envolvidos na Operação Ararath. No cumprimento do seu dever constitucional, eles promoveram as medidas legais cabíveis para levar ao conhecimento das autoridades competentes fatos de extrema gravidade.

Por essas razões, a ANPR deplora veementemente as afirmações do deputado estadual José Geraldo Riva. A Associação reafirma que o Ministério Público Federal, como bem demonstraram o Procurador Geral da República e os Procuradores da República de Mato Grosso, não transigirá no seu dever institucional de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Alexandre Camanho de Assis
Procurador Regional da República
Presidente da ANPR
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