O recém-empossado presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Paulo da Cunha, afirmou pouco antes da cerimônia de sua posse, que pretende ter um diálogo aberto com os Poderes Legislativo e Executivo.

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O magistrado salientou que apesar da determinação do governador Pedro Taques de que todos os Poderes devem cortar gastos, o Judiciário não se encaixa neste pedido do chefe do Executivo.

“O Poder Judiciário não tem onde cortar. Não temos gordura. Muito pelo contrário, a sociedade exige que possamos aumentar o atendimento em todas as Comarcas do Estado”, afirmou.

Vale lembrar que em dezembro, o Tribunal de Justiça esteve presente na mídia estadual devido a supersalários de magistrados e servidores, fato negado por Orlando Perri, então presidente do TJ. Conforme o Portal Transparência, o juiz Hugo Freitas da Silva, por exemplo, recebeu a “bagatela” de R$ 127.317,66 no mês passado. Deste total, R$ 75.904,84 refere-se ao salário, R$ 32.600,81 de indenizações e R$ 18.812,01 de vantagens eventuais.

Já a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro recebeu R$ 82.237,30, dos quais R$ 47.872,10 de remuneração paradigma, R$ 3.656,07 de vantagens pessoais, R$ 11.967,99 referente a vantagens eventuais e outros R$ 18.741,14 de indenizações.

Cunha afirma que o diálogo com o governador Pedro Taques não deve ser dificultado, já que o chefe do Executivo já ocupou o cargo de procurador da República. “O governador é oriundo da Justiça e sabe muito bem como funciona. Taques é o homem do diálogo”, afirmou o novo presidente do TJ.