Frederico Campos, prefeito de Cuiabá por duas vezes e governador de Mato Grosso entre 1979 e 1983, afirmou que a decisão do desembargador José Zuquim Nogueira lhe trouxe muita tristeza, mas garante que não vai desistir de lutar pela pensão vitalícia anteriormente paga aos ex-governadores de Mato Grosso. No início de fevereiro, Zuquim negou o pedido de liminar de Frederico e sugeriu que ele realizasse tratamento de saúde pelo SUS.

Leia mais
TJ nega pensão a Frederico Campos e sugere tratamento no SUS

"O parecer jurídico do desembargador José Zuquim, em processo contendo a defesa pela liberação de minha pensão vitalícia bloqueada desde novembro de 2014, trouxe-me certa tristeza pela crítica infundada e maldosa à minha vida particular, extrapolando os termos jurídicos pertinentes ao processo”, afirmou.

No recurso, Frederico alegou que vinha recebendo regularmente o subsídio até outubro/2014, quando em novembro sobreveio a sentença e determinou a cessação dos pagamentos.

Frederico, que tem hoje 88 anos de idade, pede que o desembargador “perdoe a bondade” de seu advogado, João Raimundo Pinheiro, que detalhou suas necessidades no processo. “Peço ao Desembargador José Zuquim, para perdoar a bondade do meu advogado João Raimundo Pinheiro ao detalhar as minhas necessidades, que repito, são-me indispensáveis 88 anos de idade, razão porque continuarei a solicitar o pagamento da pensão vitalícia que fora outorgada pela Carta Magna do Estado de Mato Grosso, após o cumprimento de memorável mandato de quatro anos no trabalho ao lado de destacada equipe técnica, todos responsáveis pelo soerguimento do Estado de Mato Grosso dividido em 1979”.

Segundo Zuquim, durante os anos em que participou da política, Frederico deve ter conseguido obter patrimônio.

Frederico garante que o valor que recebia era utilizado apenas para o sustento de sua família, “sem desperdícios ou acúmulos de riquezas”. “Apenas manterei a defesa pela receita mensal de minha pensão constitucional, que a mais de trinta anos sustenta a minha família, sempre conduzida com a mesma disciplina e moral recebidas dos meus saudosos Pais, diga-se que sem desperdícios ou acúmulos de riquezas”.