O advogado matogrossense Eduardo Mahon utilizou as redes sociais para opinar sobre o caso em o juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, teria sido flagrado utilizando um veículo Porsche Cayenne branco (placa DBB-0002), pertencente ao empresário Eike Batista, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo e viu sua colocação despencar em 2013.

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Para Mahon, um magistrado ser, não apenas honesto, mas também equilibrado. "O caso da desfaçatez do juiz que se aproveita dos bens do réu é emblemático. Importante, nesse momento, refletir profundamente. O que se espera de um magistrado? Honestidade é o básico. Espera-se mais, bem mais: o que o cidadão, partes, advogados querem do juiz não é apenas honestidade. Isso é obrigação. O que queremos é equilíbrio", afirmou o jurista de Mato Grosso.

Segundo ele, o caso deve servir como exemplo para que a qualidade judicial seja exigida. " O juiz não pode se envolver psicologicamente, inclinando-se para uns em detrimento de outros, exorbitando do poder que nós outorgamos a ele, por meio do Estado. Que sirva esse caso para que nós fiquemos atentos para a maior qualidade judicial - equilíbrio".

O caso

Eike Batista é acusado na Justiça de ter usado indevidamente informações privilegiadas para negociar ações e, assim, manipular o mercado de capitais. Com isso, o juiz Flávio Roberto de Souza determinou o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens do empresário para supostamente reparar os danos sofridos por investidores e usar no pagamento de multas. A decisão incluiu a família do empresário e até mesmo sua ex-mulher, Luma de Oliveira, porque há a suspeita de que ele teria transferido bens para eles ao saber que o Ministério Público entraria com uma denúncia pedindo bloqueio de suas posses.