Membro do time de criadores e CEO do aplicativo Whatsapp, Jan Koum, emitiu nota de repúdio à decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) em determinar o bloqueio por 72h do aplicativo. A nota foi publicada nesta terça-feira (3). Jan Joum explica sugere que atender aos reiterados pedidos da justiça brasileira poria em risco não apenas a segurança dos milhões de usuários do aplicativo no Brasil, mas de todo mundo.
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O criador afirmou ainda que a equipe do Whatsapp está trabalhando para reativar o serviço no país. O que contrariaria a decisão da justiça. Ainda, reiterou que o aplicativo não mais memoriza o conteúdo das mensagens compartilhadas por ele. Tendo recentemente ganhado recurso de “criptografia de ponta-a-ponta”, o que, na prática, significa maior privacidade ao usuário.
Na nota, ainda apontou um dado interessante com relação ao número de usuários no país, que seriam mais de 100 milhões. O que representa 10% dos usuários no mundo todo.
Veja abaixo a publicação de Jan Koum na íntegra:
“Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes são punidos por causa de um tribunal quer que o WhatsApp ceda informações que nós repetidamente já dissemos que não temos. Nós não só criptografamos as mensagens de ponta-a-ponta no WhatsApp para manter as informações das pessoas seguras e a salvo, como nós também não mantemos o histórico do chat nos nossos servidores. Quando você envia uma mensagem criptografada de ponta-a-ponta, ninguém mais pode lê-la –nem mesmo nós. Enquanto nós estamos trabalhando para fazer o WhatsApp voltar a funcionar o mais rápido possível, nós não temos a intenção de comprometer a segurança de bilhões de usuários em todo o mundo”.
Entenda o Caso:
A Justiça determinou que todas as operadoras de telefonia fixa e móvel do Brasil bloqueiem o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp em todo o país por 72 horas. A medida passou a valer a partir das 14h (horário de Brasília) da última segunda-feira (02). A decisão, de 26 de abril, é do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE).
.jpg "Criador do Whatsapp critica justiça brasileira: Não vamos comprometer segurança de bilhões de usuários")
