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Sábado, 03 de agosto de 2024

Notícias | Eleitoral

Deputados criticam distritão e doações de empresas

Deputados da comissão especial de reforma política criticaram, nesta quinta-feira (16), a proposta de sistema eleitoral majoritário para eleição de deputados e vereadores, conhecido como distritão, em que são eleitos os candidatos mais votados em cada estado. A reunião da comissão acaba de ser encerrada.


Esse sistema é defendido pelo PMDB. O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), também admite a possibilidade de o distritão ser implementado em 2018, como forma de transição para que um sistema distrital-misto seja adotado nas eleições seguintes. No sistema misto, parte dos deputados é eleita pelo voto majoritário e parte pelo sistema proporcional, com lista fechada.

O distritão foi criticado pelos deputados Henrique Fontana (PT-RS), Rubens Otoni (PT-GO), Clarissa Garotinho (PR-RJ), José Fogaça (PMDB-RS) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), entre outros, com o argumento de que fragiliza os partidos políticos. Já o deputado Milton Monti (PR-SP) acredita que o distritão é melhor que o sistema proporcional atual.

Doações de empresas
Outros deputados defenderam o fim de doações de empresas para as campanhas eleitorais. Para o deputado Afonso Hamm (PR-RS), o Congresso “precisa ter a coragem” de proibir essas contribuições. Já Milton Monti, do mesmo partido, argumentou que é preciso ter coragem para dizer que o fim das doações de empresas não resolverá o problema da corrupção.

Essa também é a visão do presidente do PSDB, Aécio Neves. "Receber doações privadas não significa que você foi corrompido por aquela contribuição", opinou. Para ele, porém, é preciso estabelecer limites para as doações, para criar mais igualdade entre as candidaturas.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) defendeu não apenas o fim das doações de empresas a campanhas eleitorais, como um teto global de gastos nas campanhas, para ajudar a coibir a corrupção na política. Na visão do parlamentar, é preciso reduzir a influência do poder econômico sobre a política.

“Nosso modelo de financiamento é a matriz dos problemas enfrentados hoje no sistema político”, acrescentou o deputado Daniel Almeida. “Existe quase uma captura da política pelas empresas.”

Cota
Já a deputada Moema Gramacho (PT-BA) defendeu que 30% das vagas do Congresso sejam reservadas para mulheres. Para ela, essa cota deve ser uma transição para se chegar a um percentual de 50%. De acordo com a parlamentar, um dos objetivos da reforma deve ser a inclusão das mulheres na política.

Participe
A população pode participar do debate pelo portal e-Democracia, acessando as salas de bate-papo na página de eventos interativos.
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