O empresário Fábio Defanti (PTB), dono da Gráfica Print e candidato ao cargo de deputado estadual nas eleições 2014 , verá suas contas de campanha passarem por julgamento no Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. O requerente desistiu do pleito no dia 20 de agosto, sem constar nas urnas, em outubro. Ainda em 2014, no mês de dezembro, Defanti foi preso em decorrência da Operação “Edição Extra”, responsável por investigar fraudes em licitações, estimadas em R$ 40 milhões, no governo de Mato Grosso.

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Nos autos correntes no TRE, a Coordenadoria de controle interno e auditoria (CCIA) apresentou parecer pela desaprovação.Já o Ministério Público Eleitoral opinou,no dia 15 de junho, pela aprovação com ressalvas da contabilidade de campanha.

“Importante destacar que, no caso sob exame, o candidato apresentou extrato bancário (fls.50/51) referente aos meses de agosto e setembro, de modo a permitir a conclusão pela inexistência de movimentação financeira. A única irregularidade apontada pelo setor técnico, qual seja, apresentação de contas com as assinaturas de profissional contábil e de advogado, sem que para tanto tenha registrado gastos dispendidos com a contratação dos serviços prestados por referidos profissionais, nem mesmo receitas estimáveis, com a devida venia, não é suficiente para a desaprovação das contas sob análise”, informou o MPE.

Fora da esfera Eleitoral, o empresário é suspeito de superfaturamento de produtos gráficos para fornecimento ao Estado. As fraudes estão relacionadas ao pregão nº 93 do ano de 2011 e o contrato de 2012.

A suposta irregularidade veio à tona com a deflagração da operação ‘Edição Extra’, no dia 18 de dezembro de 2014. De acordo com o delegado fazendário, Carlos Cunha, a estimativa é de que R$ 28 milhões tenham sido 'destinados' a gráficas pertencentes ao empresário.