Dados extraídos do sistema de estatística e-Gestão, utilizado pelo Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT), apontam que empresas do ramo frigorífico são as que mais responderam a processos na Justiça do Trabalho no Estado durante os seis primeiros meses de 2015. A classificação é composta por nove empresas, e mostra, além dos três frigoríficos, outras seis companhias com alto índice de litigantes.

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A BRF, resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, lidera o ranking com 2.332 ações ajuizadas contra ela entre janeiro e junho. O empreendimento é seguido pela JBS, com 1.158 novos processos no mesmo período. Em quinto lugar aparece o frigorífico Marfrig Alimentos, com 624 casos.

Na relação também se destacam as usinas de açúcar e álcool Pantanal e Jaciara, localizadas no município de Jaciara (144 km de Cuiabá). Figurando em terceiro e nono lugar com 675 e 609 processos, respectivamente, as empresas são responsáveis por mais da metade da lista, já que as outras quatro posições da relação estão ligadas à processos movidos contra elas.

Além destes, a lista conta com os empreendimentos hoteleiros Mounir Naoum, com 617 litigantes, Continental Hotelaria e Turismo LTDA com 594, Georges Habib Naoum com 593, e Naoum Turismo e Hospedagem S/A com 592.

O impacto da atividade frigorífica na Justiça do Trabalho mato-grossense, notado pelo Tribunal há algum tempo, resultou em ações voltadas especificamente a este setor. É o caso das audiências públicas que a instituição organizou em parceria com outros órgãos, além de outras que participou como debatedora, para discutir problemas decorrentes da atuação dessas corporações.

Neste ano, o Tribunal participou de audiências, nas cidades de São José dos Quatro Marcos e Mirassol D´Oeste, nas quais foi discutido o encerramento abrupto das atividades pelos frigoríficos JBS e Marfrig. Os casos geraram grande impacto social nas regiões, principalmente pela dispensa em massa de milhares de trabalhadores.