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Sábado, 27 de julho de 2024

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Com população penitenciária de mais de 12 mil, apenas 190 reeducandos trabalham

Foto: Lislaine dos Anjos/MidiaNews

Reeducando trabalha nos cursos fornecidos pela Fundação Nova Chance

Reeducando trabalha nos cursos fornecidos pela Fundação Nova Chance

O regime penitenciário do Estado de Mato Grosso abrange atualmente 12 mil pessoas que cumprem pena por terem cometido algum tipo de crime, sendo que destas somente 190 trabalham. O número demonstra que apenas 1,58 % possuem vínculo empregatício.


Do pequeno número de reeducandos contratados, 22 prestam serviços para as obras da Copa de 2014 em Cuiabá, o que resulta em 11,57% das contratações.

Os dados são da Fundação Nova Chance (Funac), instituição ligada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) que oferece assistência na reinserção social para pessoas que estão em privação de liberdade, seja em penas restritivas de direito ou privativas de liberdade.

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Atualmente três empresa contratam mão de obra de reeducandos, todas com atuação em Cuiabá, na área da construção civil. São elas: Mendes Júnior, 22; Métrica Construções, 5; e Atrativa Engenharia, 2.

Nova Chance

A Sejudh informou que a única forma de fazer o contrato entre os reeducandos e as construtoras é através da Fundação Nova Chance, que além de fazer a intermediação empresa-reenducando, ainda os auxilia na recuperação e na assistência familiar.

A diretora da Fundação Nova Chance, Mônica Rodrigues, explica que o número é ainda maior porque 190 são os reeducandos que estão contratados sob os procedimentos legais e muitos que cumprem pena em regime semiaberto já trabalham por conta própria.

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Mônica ressalta que apesar da Fundação já ter avançado nas contratações, é necessária uma sensibilização comercial para que aumente o número de presos que conseguem vínculo empregatício e lamenta a grande resistência em colocá-los no mercado de trabalho.

“Nós acreditamos que é através da educação e do trabalho que o ser humano muda, começa a ter planos de vida e assim podemos proporcionar a possibilidade de não incidência no crime novamente. Aqueles reeducandos que são acompanhados pela Fundação, seja com trabalho ou cursos que oferecemos, possuem uma taxa de reincidência no crime quase nula”.

Atualizada às 13h04
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