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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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VENTRÍLOQUO

Deputado Romoaldo nega propina e diz desconhecer acusador: “esse cara é maluco, doente”

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Romoaldo Junior

Romoaldo Junior

O deputado Estadual Romoaldo Junior negou ter cobrado R$ 500 mil em propina para liberar o pagamento de R$ 9,6 milhões referentes a uma divida da Assembléia Legislativa com o banco HSBC. A suposta cobrança foi exposta pelo advogado Julio Cesar Domingues, réu na ação proveniente da Operação Ventríloquo.


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Para o parlamentar, as declarações de Domingues são falsas. “Esse cara é um maluco, doente. Eu não conheço ele. Nós não tivemos esse tipo de conversa. Ele foi no meu gabinete, mas eu não atendi. Depois ele me procurou novamente, afirmando que não havia recebido. Ele não era nem o procurador do HSBC. É um lobista desesperado”, salientou.

No caso, uma chantagem já foi evidência. Esta, porém, teria partido de Julio Cesar. Um relatório de inteligência do Organizado (Gaeco) revela uma mensagem de texto enviada pelo advogado ao deputado que conteria uma tentativa de extorsão. A polêmica mensagem é clara: “Tenho seu mano gravado várias vezes... Quero um milhão para segurar a bronca toda.. Vocês têm três dias”.

Ainda ao Olhar Jurídico, Romoaldo Junior reafirmou sua intenção contribuir para o correto andamento processual. “Estou a disposição da Justiça, é preciso esclarecer o que está sendo falado”.

O caso

Júlio César foi preso por agentes do Gaeco por suposto envolvimento em um esquema de fraudes de R$ 9,6 milhões na Assembleia. Os fatos foram investigados na Operação Ventríloquo.

Segundo o (Gaeco), a ALMT contratou um seguro junto ao antigo Bamerindus Companhia de Seguros na década de 90 (hoje HSBC, que o incorporou), porém, não quitou os valores devidos, o que levou à Seguradora ingressar com a ação de execução no ano de 1997.

Passados quinze anos, em meados de 2012, com a ação judicial ainda em andamento, o advogado Julio Cesar Domingues Rodrigues, supostamente atendendo aos ditames dos demais integrantes do bando criminoso, procurou Joaquim Fabio Mielli Camargo se dizendo intermediário da ALMT e se colocando à disposição para negociar referidos valores; aduzindo, em seguida, já no ano de 2013, que o Procurador-Geral daquele órgão daria parecer favorável, ocasião em que fora protocolado requerimento administrativo de pagamento do débito junto à ALMT e que deu origem ao Processo Administrativo nº 45/2013.

Segundo os promotores, entre os meses de fevereiro à abril de 2014 os denunciados subtraíram cerca de R$ 9,5 milhões em proveito próprio e alheio valendo-se da condição de funcionários públicos de alguns de seus membros.



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