O advogado George Andrade, responsável por defender José Geraldo Riva, adiantou que o ex-deputado realizará novas confissões. “O que foi utilizado indevidamente ele vai ressarcir cada centavo”, afirmou, traçando referência aos autos da Operação Metástase/Célula-Mãe.
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De acordo com a denúncia, Riva figura como principal articulador do conchavo entre 2010 e 2014, desviando cerca de R$ 2,6 milhões, as extintas “verbas de suprimento de fundos”, destinadas, na época, para pequenos gastos mensais de cada gabinete, com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.
Conforme os autos, o ex-parlamentar usava o dinheiro enviado ao seu gabinete para o pagamento de despesas pessoais, como o combustível de sua aeronave e honorários advocatícios, além de servir também para corromper políticos e lideranças do interior com um “mensalinho”.
A fraude ocorreu por meio de aquisições fictícias - de produtos como marmitas e materiais gráficos - feitas com a antiga verba. As notas fiscais utilizadas para justificar as compras eram falsificadas.
São réus nesta ação: José Geraldo Riva, Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo, Geraldo Lauro, Hilton Carlos da Costa Campos e Marisol Castro Sofré.
Caramelo, ex-chefe de gabinete de Riva, será interrogada nesta quarta-feira (27).
O ex-deputado já confessou crimes investigados pela Operação Ventríloquo, sobre um desvio de aproximadamente R$ 10 milhões.