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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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OPERAÇÃO RÊMORA

Segunda Câmara nega liberdade a empresário acusado de articular esquema da Rêmora

23 Jun 2016 - 13:42

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Giovani Guizzardi

Giovani Guizzardi

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), nesta quarta-feira (22) decidiu, por unanimidade, mante a prisão preventiva do empresário Giovani Guizzardi, preso preventivamente desde 03 de maio por conta da “Operação Rêmora”. Decidiram os desembargadores Rondon Bassil Dower Filho, Alberto Ferreira de Souza e Pedro Sakamoto.


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Giovani é acusado de articular um esquema de pagamentos de propinas em obras da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Os valores variavam, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões e o cartel seria formado por mais de 23 empresas que ganhavam contratos e licitações fraudadas junto a Secretaria.

No recurso, a defesa do réu contestava a competência da juíza Selma Arruda em julgar o caso, uma vez que os autos apontam para suposta participação do então Secretário de Estado, Permínio Pinto Filho, que possuía foro privilegiado por função, “o que atrai a competência para o Tribunal de Justiça”, alega a defesa.

Pontuou ainda que se Giovani Guizzardi, como consta na denúncia, serviria aos interesses escusos dos então funcionários da Seduc, que hoje já não compõem o quadro de administração pública do Estado, logo não haveria qualquer possibilidade de reiteração criminosa.

Também alega não possuir qualquer interesse em concorrer em licitações para obras da secretaria. Ainda, que não possui qualquer contrato vigente ou intenção em concorrer. “Inclusive, ele já está até se afastado da administração da Dinamo Construtora”, acrescentou.

Por fim, apontou que Giovani é réu primário e possui bons antecedentes.

Operação Rêmora:

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a organização criminosa era composta pelo núcleo de agentes públicos, o núcleo de operação e o núcleo de empresários. O primeiro formado pelos servidores Wander Luiz dos Reis, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva que estariam encarregados de viabilizar as fraudes nas licitações da Seduc mediante recebimento de propina.

Integrava o núcleo de operação Giovanni Bellato Guizzardi, Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues. São eles os mandatários dos servidores públicos e os encarregados de fazer os contatos diretos com os empresários que faziam parte do terceiro núcleo.

Entre os empresários do ramo da construção civil envolvidos no esquema destaca-se o ex-deputado estadual e governador de Mato Grosso, Moisés Feltrin que foi detido durante a Operação Rêmora. Feltrin é empresário do setor de construção e por determinação judicial seria conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos, mas como em sua casa foram encontradas armas de fogo, o mesmo foi detido em flagrante.

No total, o núcleo de empresários possui 23 empresários e pelo o menos 20 obras foram fraudadas durante a ação do cartel. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões.

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) manteve a prisão preventiva do empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora e alvo da Operação Rêmora.

A decisão, unânime, foi proferida na última quarta-feira (22). Votaram pela manutenção da prisão os desembargadores Rondon Bassil (relator), Alberto Ferreira e Pedro Sakamoto
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