A juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou o ex-diretor da cadeia do Capão Grande, Rodrigo Lara da Silva, a 2 anos e seis meses de prisão em regime aberto, pelo crime de concussão. Ele ainda responde a processo por organização criminosa. O ex-diretor foi condenado por aproveitar-se do cargo para exigir propina de R$ 25 mil de um empresário para não fazer uma denúncia falsa de má qualidade das marmitas fornecidas aos presos.

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Como a pena de 2 anos e meio não costuma ser cumprida em regime fechado, a juíza condenou Rodrigo Lara a penas alternativas, como prestação de serviços à comunidade, durante esse período, uma hora por dia, no total de sete horas semana. Além disso, ele terá que passar os sábados e domingos em sua residência durante o período da pena. Ele ainda terá que pagar 35 dias-multa, sendo cada dia-multa 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato.

O caso foi investigado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e a decisão é do dia 20 de junho. Segundo o Gaeco, em 2008, quando era diretor da cadeia do Capão Grande, em Várzea Grande, Rodrigo Lara exigiu R$ 25 mil de propina do empresário Rodrigo Peres, para não encaminhar aos seus superiores abaixo-assinado feito pelos presos daquela unidade reclamando da qualidade da alimentação fornecida.

Diante da chantagem, o dono da Marmitaria Boa Esperança denunciou o caso ao Gaeco. O empresário chegou a pagar R$ 500 ao então diretor, ocasião em que ele foi preso em flagrante. Rodrigo Lara alegou que o dinheiro que era uma doação feita pelo dono da marmitaria para realizar a dedetização na Cadeia Pública.