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SODOMA

Bacharel em Direito desmente Riva e o acusa de receber R$ 2,5 milhões para lançar campanha ao Estado; acompanhe

30 Ago 2016 - 13:36

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia/Olhar Direto

Bacharel em Direito desmente Riva e o acusa de receber R$ 2,5 milhões para lançar campanha ao Estado; acompanhe
O ex-deputado estadual Jose Riva, o ex-secretário adjunto de administração, coronel José de Jesus Nunes cordeiro, o ex-chefe de gabinete do governo Silval Barbosa, Silvio Cezar Corrêa Araújo e Tiago Vieira de Souza Dorileo falarão à juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, nesta terça-feira (30), nos autos provenientes da Operação Sodoma.

Leia mais:
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Todos são réus em ação penal. Os fatos levantados pela operação Sodoma apontam que o ex-governador Silval Barbosa, no posto de líder de uma organização criminosa, moldou o Poder Executivo para que agentes públicos praticassem crimes de concussão, fraude a licitação, corrupção passiva, fraude processual, lavagem de dinheiro e extorsão.

No caso, foram denunciados: o ex-governador, Silval Barbos; o ex-secretário de Casa Civil. Pedro Nadaf, o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães; os ex-secretários de Estado, Marcel de Cursi, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio e Pedro Elias Domingues; o filho do ex-governador, Rodrigo da Cunha Barbosa; o ex-deputado estadual José Geraldo Riva; Silvio Cezar Correa Araújo, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira, Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.

Acompanhe:

19h13 - Interrogatório é encerrado.

19h10 - O réu afirma que os R$ 500 mil que ele recebeu saiu das mãos de Willians Mischur e não de José Riva. Questionado se Riva lhe devia, diz que até hoje deve. 

18h59-
A defesa de Fábio Drummond Formiga questiona porque Dorileo levou Mischur até a casa de Riva, onde negociaram a continuidade da Consignum no contrato, se ele já tinha a promessa de que receberia R$ 100 mil ao mês se a Zeta fosse a nova contratada.

O réu não consegue responder.

18h40-
À defesa de Silval Barbosa, diz que procurou espontaneamente ao MPE para falar o que sabia. À defesa de José Geraldo Riva, se declara pecuarista e nega que tivesse trânsito livre na AL e no Executivo Estadual. 

De acordo com o réu, Riva pressionava Mischur a pagar os R$ 2,5 milhões pois a campanha estava começando e ele precisava pagar contas. Mischur aceitou oferecer cinco cheques, desde que não perdesse seu contrato com o Estado.

Diz que fazia duas visitas por semana na AL por conta de José Geraldo Riva, que seria seu "chefe e amigo". Adiante, acrescenta que tinha absoluta liberdade para com o ex-deputado.

"A Zeta disse que poderia pagar mais que os R$ 500 mil (de propina da Consignum)", afirma Dorileo.

O réu, entretanto, não sabe quem teria informado Fábio Drummond Formiga, gerente de novos negócios da empresa, sobre o esquema de propinas.

18h20- 
Por ter arrumado a empresa, Riva teria prometido R$ 100 mil ao mês para Thiago Dorileo. "O Cordeiro era bem mandado. Ele não fazia nada por livre e espontânea vontade". O réu confirma o que foi dito por Riva hoje: recebeu R$ 500 mil de Mischur.

18h03 - "Poxa, fiquei sabendo que o Riva me atrapalhou nisso aí", teria se queixado Willians Paulo Mischur à Thiago Dorileo. Uma reunião foi feita entre eles na casa de José Geraldo Riva. Nessa ocasião se decidiu que a Zeta faria uma espécie de desistência temporária, em favor da Consignum. "A Zeta ganhou e não levou", conta.

18h00 - 
Thiago Dorileo admite como verdadeiras as acusações feitas contra ele. Narra que foi procurado por José Geraldo Riva para procurar uma empresa grande que pudesse substituir a Consignum. O processo licitatório estava no seu início. Thiago teria, junto à José Nunes Cordeiro, inserido a Zeta no certame. Empresa que sagrou-se vencedora.

17h55 - 
O quarto e ultimo interrogado de hoje é Thiago Dorileo. Ele é acusado de ter, junto a José Geraldo Riva, conspirado contra o esquema de propinas com a Consignum para inserir a empresa Zeta Soft no lugar. Imagens deste réu também estão vedadas, conforme pedido da defesa.

17h50: Interrogatório de Silvio César Corrêa encerrado

17h45 - Ele novamente nega ter feito qualquer ameaça para amedrontar quem negociasse delação premiada. Ele desmente ter dito que quem falasse demais acordaria com a boca cheia de formiga e que quem tem c* tem medo. O réu também diz que não deixou propina no banheiro do gabinete de Silval Barbosa.

A parte mais interessada em oferecer perguntas ao réu foi a própria defesa do réu. O advogado Leonardo Moro lança uma sequência de questões e obtém sempre "não" como resposta

17h39
- À defesa de Silval Barbosa, Silvio César diz que "nunca, jamais" teria sido solicitado por ele para fazer cobranças ilícitas. O réu também nega ter recebido, tocado nem visto propina. Nega que Rodrigo Barbosa tenha recebido e reitera que não existia organização criminosa instalada no Estado.

17h34 -
Com relação a José Nunes Cordeiro, Silvio César fala que tem uma relação meramente institucional. Questionado pelo MPE, diz que "não existia [organização criminosa] no Estado". À defesa de Silval Barbosa, diz que "nunca, jamais" teria sido solicitado por ele para fazer cobranças ilícitas.

17h25 - A defesa do réu não permitiu que se façam imagens dele durante audiência. A defesa do réu não permitiu que se façam imagens dele durante audiência. Questionado pela juíza Selma Arruda se as acusações contra ele feitas são verídicas, diz que são falsas e que ele não pertence à organização criminosa. Nega também atuar como braço direito de Silval Barbosa e de angariar e gerenciar propinas.Também nega ter informações sobre o esquema e diz que nunca ameaçou ninguém, apenas se "irritou" com Pedro Nadaf "por questões administrativas". Também nega ter dito que Pedro Elias e César Zílio "não terminariam o ano vivo". 

17h20 - O próximo a ser ouvido é Silvio César Côrrea Araújo. Réu preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).

17h06 - Interrogatório do réu encerrado.


Coronel Cordeiro na saída do interrogatório. Foto: Paulo Victor Fanaia/Olhar Direto

17h04 - O coronel nega a informação oferecida por Willians Mischur, de que ele teria ido à sua casa para pressionar o cumprimento dos acordos de propina.

16h40 - "Eu fiquei sabendo dessa organização (criminosa) pela denúncia (...) Eu desconheço e não participo dela", reitera Cordeiro. Momento seguinte, diz que sempre teve relação cordial com todos os secretários. Ele também desconhece qualquer coisa sobre a compra do terreno na Avenida Beira Rio. À defesa de Sílvio César Côrrea Araújo, Cordeiro nega compor organização criminosa e que precisasse obedecer ordens dele. Cordeiro também nega ter dialogado com Silvio César sobre fazer ameaças.

16h19 - 
Cordeiro narra que o contrato com a Consignum se encerrou. Um novo processo de licitação foi lançado, entretanto fora posteriormente anulado por determinação de Pedro Elias. De modo que a Consignum retornou temporariamente para as atividades no Estado. Ele confirma a tese de que Thiago Dorileo o procurou à mando de Riva para demonstrar interesse de introduzir a Zeta Soft no certame. O interesse foi transmitido à Silval por ele.

16h09 - Cordeiro diz que entrou na pasta em julho de 2010. Ele diz que não foi convidado e sim "instalado" na SAD. Narra que na época sequer conhecia Silval. Neste sentido, conta que tinha relação "estritamente" profissional com Pedro Elias e César Zilio. Cordeiro diz que de José Geraldo Riva recebeu indicação de apenas uma empresa, a Zeta Soft. De acordo com o que foi afirmado no interrogatório realizado com o ex-deputado. A empresa, entretanto, não particiou da licitação. 

16h02 - 
Cordeiro dispara: "Todas as acusações são falsas. Nunca pedi propina para ninguém". O secretário ocupava o cargo de secretário adjunto da SAD e tinha responsabilidade sobre o andamento das licitações daquela pasta.Ele diz que não é verdadeiro que houvesse esquema de propina com a Consignum. Afirma categoricamente que desconhecia por completo o esquema.


Coronel Cordeiro durante interrogatório. Foto: Paulo Victor Fanaia/Olhar Direto

15h53 - 
O próximo a ser ouvido é o Coronel José De Jesus Nunes Cordeiro. Ele, que está preso, veio escoltado por militar.

Na saída do interrogatório, o ex-deputado José Riva respondeu aos questionamentos da imprensa e negou estar presente na audiência como 'delator premiado'. "Estou apenas contribuindo com a justiça em cada processo, tentando trazer a verdade ora em confissão ora tentando contribuir para que a justiça se faça presente em cada uma das situações", falou. 




Riva é fala sobre sua colaboração à justiça na saída de seu interrogatório. Foto: Paulo Victor Fanaia/Olhar Direto

15h37 - Encerrado o interrogatório de Riva. 

15h08 - A defesa de Silval Barbosa ao tomar a palavra adianta que o ex-governador assume esta compra de terra. Mas quem estaria inadimplente seria José Riva, e não ele.  Riva também revela que contratou César Zilio para ser o coordenador de sua campanha ao governo do Estado, em 2014. Posteriormente, revela: "Foi muito clara a fala do Silval de que Pedro Elias assumiu a Secretaria por conta do Rodrigo. Eu questionei na época a capacidade do Pedro Elias".

15h05 - "
Marcel De Cursi tinha um dos maiores QI do Estado. Então com essa inteligência se ele quiser fazer algo para o bem, pode fazer muita coisa, mas se quiser para mal, também", conta Riva. “Eu não sei quem é o Marcel, em que pese eu ter dividido cela com ele”, afirma. Questionado se o ex-secretário fez só coisas boas ou ruins, Riva ironiza. "Fez os dois".

14h56 - 
"Quando Willians (Paulo Mischur) vem aqui e diz que nunca ganhou nada (no contrato com o Estado) é uma incoerência da parte dele. Porque ele ficava dizendo que tinha jatinho, que tinha casa em Miami... ele ganhou dinheiro. Não pode dizer que foi forçado (a pagar propina)", conta Riva sobre o empresário dono da Consignum. 

14h40 - 
"O que eu sei é de ouvir falar, mas Nadaf tava em um patamar abaixo do governador", e confirma, "ele fazia parte". Sobre Cursi, Riva segue a mesma linha dos demais interrogados e diz que ele atuava como mentor intelectual do grupo criminoso. Em relação a Rodrigo Barbosa, Riva conta: "só fui descobrir que ele fazia parte da organização quando Pedro Elias assumiu a SAD". Segundo o ex-deputado Rodrigo Barbosa e Pedro Elias eram muito amigos. Sobre Sílvio César Côrrea Araújo diz que nunca teve contato com ele. Já César Zilio tinha muita autonomia por conta de sua atuação na campanha de Silval e que saiu da organização por deixar de ser uma pessoa de confiança, explica Riva.

No que refere ao ex-procruador Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (conhecido como Chico Lima), Riva conta que ele atuava em todas as situações que careciam de um parecer jurídico rápido. "Para o bem ou para o mal, o Chico era quem chamavam", afirma. Sobre Wallace, Riva diz que ele tinha duas gráficas. Uma chamada Intergraf e a outra, Gráfica De Liz. Na AL, Wallace era a pessoa que acompanhava contratos com gráficas.

14h34 -
Riva afima que é lógico que todo político tem interesse em firmar um contrato com uma grande empresa, pois garantiria um recebimento vultuoso de "chame como quiser... propina... infelizmente o sistema até hoje foi esse", diz. O réu mostra uma lista de projetos que ele pretendia defender enquanto deputado junto ao governador Silval e aponta que boa parte deles envolvia interesse de cobrar propina.

14h32 - 
"O que mais se via no governo Silval era desvio de dinheiro. O caso da Consignum é um exemplo disso", afirma Riva.

14h23 - 
"Pedro Elias, infelizmente, quando assumiu as coisas mudaram muito", diz Riva. Que o ex-secretário exigia valores ilícitos e sabia de pagamentos de propina.Sobre Cordeiro, diz que ele era a pessoa interessada na licitação. Mas Riva nega que tivesse qualquer outro assunto à tratar com ele.

14h15 - 
Riva reitera que foi Thiago Dorileo quem iniciou conversa sobre propinas com a Zeta. Uma terceira reunião foi realizada com o Coronel Cordeiro e Thiago Dorileo na Assembleia Legislativa. Além da Zeta, Riva teria apresentado outras empresas, de Fortaleza e de Goiás.

14h11-
"Eu nunca achei que era dono deste contrato", afirma Riva, ao contrário do que delatores dizem sobre ele.

14h08- Riva reitera que não exigiu esse valor de Willians Mischur. Pedro Elias tinha conhecimento deste assunto, afirma o ex-deputado. Riva nega que entabularia um contrato pensando na próxima gestão no Executivo Estadual. E diz que até hoje divide a fazenda com Silval, que atualmente está invadida por trabalhadores sem terras.

14h00-
Willians Paulo Mischur então teria lhe explicado que fazia pagamentos de R$ 500 mil de propina a Silval. Riva aceitou o pagamento através de cinco cheques. Thiago Dorileo teria ficado com uma parte desse valor por ter ajudado Riva na transação de uma terra com a família Pupin.

Assim, Riva nega que tenha sido propina.

Posteriormente, Thiago Dorileo apresenta à Riva a empresa Zeta. Riva, por sua vez, apresenta a empresa ao Coronel Cordeiro. "Eu não discuti com a Zeta valores. Quem disse que era R$ 1 milhão (de propina) era o Thiago".

 Fábio Drummond Formiga teria afirmado, em outra reunião, que poderia pagar esse valor, mas não confirmou.

 Riva diz que teria levado à José Jesus de Nunes Cordeiro várias empresas, não apenas a Zeta.

13h51- A dívida se refere à uma fazenda em Colniza que Riva e Silval teriam comprado de uma pessoa identificada como Magali. Silval, entretanto, não estava pagando a sua parte.

"Eu vou pedir para uma pessoa chamada Willian te procurar e te passar os R$ 2,5 milhões", teria dito Silval a Riva.

13h50- Riva explica que este valor é referente a uma dívida que Silval Barbosa possuía com ele.

13h45-
O réu manifesta que quer fazer uma confissão. Riva apresenta uma planilha com valores e datas de pagamentos feitos por Willians Paulo Mischur a ele. Mischur foi um dos empresários responsáveis por pagamentos de propinas ao Executivo.

13h45- Questionado se a denuncia é verdadeira, diz que "é em parte verdadeira". Afirma que parte do dinheiro recebido, R$ 2,5 milhões, tinha destinação certa.

13h40- José Riva é o primeira a ser interrogado.Ele restringe imagens. Riva se apresenta como pecuarista e corretor de imóveis. Conforme informado por ele, á foi processado pela Sétima Vara três vezes e uma pela Operação Ararath, Justiça Federal. O réu, porém, afirma não saber a quantas ações responde.

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