O desembargadores da Segunda Câmera Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negaram por unanimidade, dois habeas corpus protocolizados pelo ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi. Os procedimentos buscavam pela liberdade do réu e uma nova oitiva do delator premiado no caso (Sodoma), João Batista Rosa. As decisões foram estabelecidas nesta quarta-feira (30).

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Um dos Habeas corpus foi interposto pelo advogado Roberto Tardeli, que já deixou a defesa de Cursi. Na peça, Tardeli argumentou sobre a necessidade de uma nova oitiva de Rosa, visto que, segundo defesa, o delator relatou fatos contrários em seus depoimentos.

O segundo habeas Corpus, por liberdade, impetrado pelo advogado Fernando Monteiro, levantava a tese sobre um suposto constrangimento ilegal.

O ex-secretário foi preso preventivamente pela “Operação Sodoma”, no dia 15 de setembro. A detenção foi revogada no Supremo, porém, um segundo mandado havia sido expedido, na segunda fase da mesma operação, pela magistrada de piso, Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

Os fatos levantados pela operação apontam que Silval Barbosa, ex-governador no posto de líder da organização criminosa, moldou o Poder Executivo para que agentes públicos praticassem crimes de concussão, fraude a licitação, corrupção passiva, fraude processual, lavagem de dinheiro e extorsão.

Além do ex-governador e Cursi, foram denunciados pela Sodoma: o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães; os ex-secretários de Estado, Pedro Jamil Nadaf, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio e Pedro Elias Domingues; o filho do ex-governador, Rodrigo da Cunha Barbosa; o ex-deputado estadual José Geraldo Riva; Silvio Cezar Correa Araújo, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira, Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.

Cursi foi interrogado nesta quarta-feira (31), pela magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, sobre os fatos descritos na Sodoma. O réu afirmou ser inocente, declarando-se como um homem que luta contra a corrupção.